O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou hoje que está disponível para ajudar a população moçambicana afetada pelo ciclone Idai, declarando estar também solidário com os povos do Zimbabué e Maláui.
“Ontem (quarta-feira) liguei para o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, para prestar solidariedade ao seu país e às vítimas da devastação causada pelo ciclone Idai. Colocamo-nos à disposição no que for possível. Solidarizo-me com o povo do Zimbabué e Maláui, também atingidos pelo ciclone”, escreveu Bolsonaro na rede social Twitter citado pelo Diário de Notícias que aponta a Lusa como fonte.
O número de mortos confirmados na sequência do ciclone Idai subiu para 242 em Moçambique e 139 no Zimbabué, segundo dados oficiais hoje divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
As únicas estimativas conhecidas do Maláui continuam inalteradas, em 56 mortos e 177 feridos.
O número total de mortos na sequência do ciclone Idai sobe, assim, para 437, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”.
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.