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    Huíla acolhe pacientes de diálise da região sul

    Mais de 200 pacientes com insuficiência renal, residentes nas províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango, deixam de se deslocar a Benguela para cuidados médicos intensivos, com a entrada em funcionamento do Centro de Hemodiálise do Lubango, escreve o JA.

    O centro instalado no rés-do-chão do Hospital Central da Huíla Dr. António Agostinho Neto, foi projectado para atender diariamente 75 pacientes, no início da actividade que teve lugar sexta-feira última, prestou assistência a 40 pacientes inscritos, durante a fase de testes dos equipamentos.

    Do grosso de pacientes que vai beneficiar de tratamento, constam 20 que iam com frequência à província de Oshakati, norte da República da Namíbia, por considerarem haver mais qualidade nos serviços.

    A responsável da área de Enfermagem, Josefa Moniz, disse ao Jornal de Angola que os equipamentos estão a corresponder às expectativas, e os especialistas seleccionados para o efeito começam a adaptar-se às exigências do novo serviço daquela unidade hospitalar.

    A enfermaria do centro possui 25 cadeiras para os utentes realizarem três sessões, durante quatro horas por semana. O atendimento é assegurado por 16 técnicos recrutados e capacitados recentemente, onde fazem também parte médicos das áreas de Cirurgia e outros.

    Cada paciente possui um processo com o histórico da doença, para ser inserido no Sistema Nacional de Saúde. “Este controlo oferece a vantagem dos doentes poderem fazer tratamento em qualquer centro especializado do mundo, a partir da conexão com a realidade do país”, disse Josefa Moniz.

    A especialista apelou às famílias que possuem um membro, cujos rins tenham deixado de fazer a filtração normal, devem dirigir-se ao Hospital Central do Lubango para um tratamento adequado e gratuito.

    No interior do Centro de Hemodiálise das terras da Chela, desperta a atenção duas salas com máquinas de última geração, incluindo espaços para serviços de esterilização, exame de microbiologias, aconselhamento, arrecadação,
    cujo propósito é conferir conforto às pessoas com insuficiência renal.

    A mais-valia a ser auxiliada pela empresa Fresenius, responsável pela instalação de todo o equipamento e prestação de assistência técnica permanente ao centro, garante serviço ambulatório ao processo, perspectivando a curto prazo, melhorar o tratamento dos doentes com diagnóstico grave.

    Marisa Saraiva, representante da empresa, descreveu que estão montados todos os suportes para que haja internamento condigno, exames complementares de diagnóstico e permanência em tempo integral de um nutricionista, fisioterapeuta, cirurgião vascular, entre outros serviços.

    “Estamos a dar especial atenção aos equipamentos das duas salas, vigilância do tratamento de água, análises químicas e microbiológicas feitas obrigatoriamente a cada mês, desinfecção térmica em cada semana, entre outras acções favoráveis à melhoria e bem-estar dos pacientes”, disse.

    Alívio dos pacientes

    A emoção dos beneficiários e respectivas famílias é quase que incontrolável, por ficarem para trás as longas viagens até à cidade de Benguela e os custos avultados das despesas que cada família gastava para tratar da saúde dos seus ente-queridos que padecem de insuficiência renal.

    Jorge Francisco, 39 anos, que sofre da doença há quatro anos, disse que está agora mais tranquilo, por serem mais acessíveis os gastos com o seu tratamento. “A minha família quase que ficou sem recursos devido às viagens, hospedagens e alimentação dos acompanhantes, assim como da dieta alimentar”.

    Considerou a abertura do Centro de Hemodiálise do Lubango como um dos melhores presentes do Executivo à população da região sul e não só, pelas facilidades no tratamento e prevenção da doença. “O atendimento no primeiro dia foi bom e estamos satisfeitos por saber que depois disso regressamos a casa”.

    Dona Catarina Joaquina, 49 anos, com a doença desde Março último, apelou à preservação de todos os equipamentos, para durarem mais tempo e servirem outras pessoas. “O meu apelo deve-se às dificuldades que passei em Benguela. Como tinha poucos recursos preferia não regressar mais ao Lubango, depois da diálise, por falta de dinheiro”.

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