O director do Instituto de Investigação Agronómica (IIA), Domingos Panzo, negou quarta-feira, na cidade do Huambo, qualquer envolvimento deste órgão, bem como dos seus funcionários na venda ilegal de parcelas de terra do perímetro florestal do Sacaála.
O director refutou o facto, em declarações à imprensa, durante o acto que marcou a demolição, pela administração municipal do Huambo, de 42 moradias construídas ilegalmente ao longo do perímetro florestal de Sacaála.
Afirmou que o perímetro florestal, afecto ao Ministério da Agricultura, está a sofrer uma invasão clandestina nos últimos por parte de vários cidadãos, pondo em risco o meio ambiente com o desaparecimento de algumas espécies na área de investigação.
Por isso, desencorajou tal prática por parte dos cidadãos, pois os prevaricadores, para além de verem as suas obras demolidas, serão responsabilizados civil e criminalmente.
O administrador do Huambo, João Sérgio Raúl, esclareceu, em declarações à Angop, que a população tinha sido avisada para não construir residências ou qualquer tipo de empreendimento no terreno pertencente ao Ministério da Agricultura.
Disse que as construções, iniciadas há quase três meses, eram feitas em horários que dificultavam a actuação dos fiscais da administração, que diariamente se deslocavam ao local, mas não encontravam os proprietários das residências nem os construtores.
“Fomos orientados para proteger este perímetro, que existe desde 1932, por estar a ser invadido para construções anárquicas de moradias. Os donos destas casas alegam terem adquirido as parcelas de terra no corpo da guarda do perímetro, mas desobedeceram as normas administrativas”, explicou. (portalangop.co.ao)
