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    Hospital diz que rapper e activista guineense não morreu por falta de oxigénio

    Bernardo Mário Catchurá teria sido orientado a procurar uma clínica privada por falta de espaço no Hospital Nacional Simão Mendes

    O director do Hospital Nacional Simão Mendes, da Guiné-Bissau, refutou a opinião de grupos de activistas de que o rapper, jurista e activista Bernardo Mário Catchurá morreu por falta de oxigénio.

    Em conferência de imprensa depois de manifestantes terem pedido a responsabilização pela morte de Catchurá nesta segunda-feira, 1, Agostinho Semedo, o director clínico do estabelecimento, Dionísio Cumba, e o médico de serviço na cirurgia Arlindo Quadé, afirmaram que o rapper não foi atendido por falta de espaço e que teria sido recomendado a procurar uma clínica privada.

    “Praticamente não tínhamos espaço para mais doentes. Tínhamos alguns doentes até no chão, estavam a sangrar muito”, contou Arlindo Quadé, acrescentando que em cerca de seis minutos de conversa apercebeu-se que Bernardo estava com cólicas abdominais e que já levava três dias sem conseguir evacuar fezes.

    Hoje, dezenas de jovens fizeram uma vigília “Justiça por Bernardo” junto do Ministério da Saúde em Bissau para pedir por uma investigação à morte do rapper, jurista e activista Bernardo Mário Catchurá morreu na sexta-feira, 29.
    (DR)

    Quadé ainda disse que o rapper estava aflito.

    “Perguntou-me onde poderia ser tratado, sugeri-lhe que fosse para uma clínica”, revelou ainda Quadé, no que foi secundado pelo director clínico.

    Dionísio Cumba acrescentou que, com a informação de Quadé e os exames que Bernardo Mário Catchurá mostrou no seu telemóvel e o diagnóstico oral feito, ele “poderia estar com os intestinos parados, o que pode até ter-lhe dado uma perfuração intestinal, que é fatal”.

    “Já aconteceram várias mortes dramáticas por falta de condições de trabalho”, lamentou o director clínico do Hospital Nacional Simão Mendes, cujo director, Agostinho Semedo, reiterou que “o malogrado não morreu pela falta de oxigénio, como se ouve dizer sobretudo nas redes sociais”.

    O rapper, jurista e activista Bernardo Mário Catchurá morreu na sexta-feira, 29.

    Hoje, dezenas de jovens fizeram uma vigília “Justiça por Bernardo” junto do Ministério da Saúde em Bissau para pedir por uma investigação à morte dele e consequente responsabilização de potenciais culpados.

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    FonteVoA

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