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    Grua do Prenda: GPL não cumpre promessa feita as famílias desalojadas

    Governo Provincial de Luanda falha promessa feita às oito famílias desalojadas, em Maio deste ano, no lote 22, em Luanda, do local onde foi retirada a famosa grua do Prenda. Passado o período de entrega das habitações, as obras ainda não foram concluídas.

    Um possível atraso no pagamento do valor financeiro acordado entre o Governo Provincial de Luanda (GPL) e a empresa Obra Prima e Manutenções, contratada para edificar oito habitações no bairro Prenda, distrito urbano da Maianga, para igual número de famílias desalojadas, aquando da retirada da famosa “Grua do Prenda”, no dia 22 Maio deste ano, ditou a paralisação das obras.

    As habitações, previstas a serem construídas num prazo de três meses, deviam ser entregues às famílias desalojadas no dia 14 deste mês, conforme havia sido prometido pelo então governador de Luanda, Sérgio Rescova.

    Os trabalhos de engenharia para a remoção da grua, que ficou instalada no local durante cerca de 40 anos, só foram possíveis depois de terem sido demolidas oito residências, habitadas por igual número de famílias.

    Na altura, o então governador de Luanda disponibilizou às famílias afectadas 120 mil Kz cada, para, provisoriamente, arrendarem casas, e prometeu que, após o término da empreitada (prevista para o dia 14 de Agosto), iriam regressar às novas residências.

    Passados 90 dias, o Novo Jornal esteve no local e constatou que as casas prometidas ainda não estão concluídas, ainda não dispõem de tectos, portas, janelas, chapas e outros acabamentos.

    Moradores confidenciaram ao NJ que, há sensivelmente três semanas, já não observam movimentações nas obras. Agastados, não esconderam a insatisfação.

    “Ficámos felizes com a remoção da grua que tirava o nosso sono, mas já estamos cansados com a lentidão das obras. Estreitaram a nossa rua e, para passar, temos de dar voltas. Depois é uma obra meio confusa. As casas estão todas coladas. Não conseguimos perceber nada”, observou Adão Pedro, um dos moradores.

    António Maria (nome fictício), outro morador, mostrou-se preocupado com um segundo despejo, uma vez que, segundo o mesmo, o prazo de arrendamento provisório (três meses) em habitações pagas pelo GPL já venceu.

    “No princípio, eles trabalharam bem e davam-nos garantias de que as obras deviam ser entregues no prazo de três meses, mas, com essa paragem, penso que já não será possível”, sublinhou o morador.

    O responsável-adjunto da Comissão de Moradores daquele Lote, Jaia Borges, confirmou ao NJ que a obra está parada por falta de pagamentos.

    “Tendo em conta os avanços que deram até agora, os empreiteiros dizem que não recebem sinal positivo do GPL há já algum tempo. Então, por conta dessas dificuldades, preferiam abrandar o ritmo da construção das moradias”, explicou.

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