Moçambique vai passar a vender à Namíbia energia gerada a partir de gás natural, depois da inauguração hoje (quinta-feira) da fase de expansão do Parque Gigawatt, uma central de produção de energia a gás situado no sul do país.
Falando no lançamento da fase de expansão do Parque Gigawatt, o director-executivo regional da firma britânica Aggreko, que vai operar o empreendimento, David Taylor Smith, disse que serão vendidos à Namíbia 122 megawatts de energia gerada por gás, dos 232 megawatts que a central passou a produzir, como resultado do alargamento da sua capacidade.
“A Ressano Garcia é a maior central transfronteiriça do mundo, com 232 megawatts de geração de energia alimentada a gás para utilização de três operadores nacionais”, afirmou David Taylor.
O gás gerado no Parque Gigawatt será transportado até à Namíbia através de uma linha de transmissão de 1.500 quilómetros, que vai passar pela África do Sul, sob gestão das eléctricas públicas de Moçambique, EDM, e sul-africana, ESKOM.
O remanescente da energia da referida central será vendido em Moçambique e na África do Sul.
O Parque Gigawatt, cuja montagem custou à Aggreko 100 milhões de dólares (USD 1.00 equivale a Kz 100.00) (cerca de 76 milhões de euros), recebe o gás da Matola Gas Company, que, por sua vez, é abastecida pela petroquímica sul-africana SASOL, que extrai o recurso da sua concessão de gás natural de Pande, província de Inhambane, sul de Moçambique.
O ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, considerou o empreendimento vital para a promoção da segurança e estabilidade energética em Moçambique e na África Austral.
“Este empreendimento traduz a capacidade do empresariado nacional e estrangeiro que opera em Moçambique de responder à demanda energética do país e da região”, acrescentou Salvador Namburete, apontando o potencial ainda inexplorado de recursos energéticos de que o país dispõe. (portalangop.co.ao)