O governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala, disse que a população da região está de parabéns por receber hoje, sexta-feira, a visita do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que vai constatar o andamento dos projectos socioeconómicos.
Em entrevista à Angop, quinta-feira, na cidade do Dundo, referiu que a população sente-se orgulhosa e vai oferecer uma recepção calorosa ao estadista.
Ernesto Muangala asseverou que o povo tchokwe é, por tradição acolhedor, e o Presidente da República vai encontrar uma população entusiasta e optimista no desenvolvimento, pela forma como tem se entregue na reconstrução da região.
O governante garantiu que José Eduardo dos Santos vai encontrar uma província que caminha para o progresso e que já resolveu muitos dos seus problemas socioeconómicos.
Na Lunda Norte cresce a expectativa em torno da visita do Chefe de Estado, com as ruas embelezadas com dísticos que enaltecem a figura do Presidente, em reconhecimento ao seu empenho nas várias etapas da vida do país, sobretudo para o alcance da paz e do crescimento económico.
No cumprimento da sua agenda da Lunda Norte, o Chefe de Estado vai visitar a nova centralidade do Dundo, inaugurar o Projecto Agro-pecuário de Cacanda, bem como manter um encontro com as figuras da província.
A Lunda Norte é o resultado da divisão da então Província da Lunda, criada enquanto distrito, no final do séc. XIX, precisamente a 13 de Julho de 1895, pelo regime colonial português.
A criação do distrito da Lunda esteve estritamente ligada à questão dos diamantes, recurso que superaria a cera e a borracha que inicialmente interessavam aos portugueses na região.
Com a capital então designada Henrique de Carvalho, hoje Saurimo, as autoridades coloniais desenvolveram progressivamente a indústria mineira na Lunda com maior incidência no seu extremo nordeste.
Embora os trabalhos de pesquisa tenham sido oficialmente criados a 4 de Setembro de 1912, com a constituição da PEMA (Companhia de Pesquisa Mineira de Angola), foi em Novembro do mesmo ano que os prospectores ligados a Forminiére descobriram sete diamantes no ribeiro Musalala, afluente da margem direita do rio Chihumbue, próximo da cidade do Dundo.
Estes trabalhos evoluíram e fizeram surgir uma grande empresa de explorações mineiras, a Diamang, em 1917, antecessora da Endiama, fundada em 1984, respectivamente.
Por razões estratégicas e político-administrativas, também ligadas a produção diamantífera, o Governo decidiu pela divisão da então Província da Lunda em duas.
Assim, ao abrigo do Decreto Lei n.º 86/78 de 4 de Julho surge a Lunda Norte repartida em nove municípios (Chitato, Cambulo, Lucapa, C. Camulemba, Cuilo, Cuango, Cubalo, Xá-Muteba e Caungula) e 25 comunas, tendo como capital em Lucapa, para a qual havia sido perspectivada a construção de uma nova cidade.
A Lunda Norte está limitada a norte e a leste com a República Democrática do Congo, a oeste com a Província de Malanje e a sul com a Lunda Sul. Tem uma superfície de 103.760 Km2 e uma população estimada em 800 mil habitantes.
Fonte: Angop