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    França reforça cooperação em Angola no petróleo e na agricultura

    O projeto petrolífero angolano Kaombo, liderado pela empresa estatal francesa Total, começou finalmente a trabalhar a 100 por cento e torna-se responsável pelo equivalente a 15% da respetiva produção de Angola.

    De acordo com o anúncio desta terça-feira da petrolífera estatal francesa, a segunda unidade flutuante do projeto, Kaombo Sul, posicionada no chamado Bloco 32, a cerca de 260 quilómetros da costa de Luanda, vai adicionar mais 115 mil barris diários à produção iniciada há oito meses pela base flutuante Kaombo norte, passando a garantir um total de 230 mil barris diários.

    O projeto Kaombo consiste em seis campos de exploração petrolífera espalhados por uma área subaquática com cerca de 800 km2, onde se incluem 59 poços, dos quais 60% já se encontram perfurados

    As zonas de Gengibre, Gindungo e Caril estão ligadas à unidade Kaombo norte, cuja produção arrancou no ano passado.

    Os campos Mostarda, Canela e Louro estão conectados a Kaombo sul.

    A Total realça ainda um alegado novo recorde com cerca de 20% das 11 milhões de horas do projeto terem sido por mão-de-obra local.

    A petrolífera francesa opera no bloco 32 assumindo 30% de participação no projeto Kaombo. A Sonangol P&P detém outros 30%, a Sonangol Sinopec International 32 Limited assume 20%, a Esso Exploration & Production Angola (Overseas) Limited soma 15% e a Galp Energia Overseas Block 32 B.V. (5%).

    Esta parceria entre a Total e a Sonangol acontece, curiosamente, na mesma altura em que uma outra cooperação estatal franco-angolana ter sido ratificada entre os respetivos ministros da Agricultura, numa cerimónia a que a Euronews assistiu em Luanda.

    O apoio de França passará pela partilha da experiência no setor agrícola, na formação de quadros para os diversos segmentos do setor e no desenvolvimento das tecnologias de produção agrícola.

    “Queremos trabalhar na preparação dos jovens angolanos para estarem à altura dos desafios agrícolas em Angola. O objetivo é desenvolverem a capacidade de cultivar da melhor forma as terras e delas tirarem os melhores produtos e o respetivo rendimento”, terá manifestado o presidente francês numa carta entregue em mãos ao homólogo João Lourenço na segunda-feira, pelo respetivo ministro da Agricultura Didier Guilaume.

    O ministro Marcos Nhunga revelou que o apoio de França à agricultura de Angola, nomeadamente à produção de milho para o setor da cerveja, deverá cifrar-se nos 40 milhões de dólares, num cofinanciamento com o FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola).

    Já o apoio ao projeto de agricultura comercial deverá chegar aos 70 milhões de dólares, afirmou ainda o ministro angolano da Agricultura e Florestas.

    A visita do ministro francês Didier Guillaume a Angola prosseguiu esta terça-feira com uma deslocação a Malanje para visitar o Instituto Superior de Técnicas Agroalimentares e a Escola Eiffel, uma das quatro instituições incluídas no projeto de formação de técnicos agrícolas financiado pela petrolífera Total.

    A deslocação de Didir Guilaume a Angola terminou com o anúncio de que o presidente Emmanuel Macron irá visitar Luanda no início do próximo ano, retribuindo desta forma a visita de maio do ano passado do homólogo João Lourenço a Paris.

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