Retomada de 13 comunidades ocorreu sem nenhum disparo. Incursão foi feita para a implantação das 35ª e 36ª UPPs.
A ocupação das 13 comunidades do Conjunto de Favelas do Lins e do Camarista Méier, na Zona Norte, teve início por volta de 6h deste domingo (6) para a implantação das 35ª e 36ª Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. A retomada do Conjunto de Favelas pelas Forças de Segurança durou 50 minutos e ocorreu sem nenhum disparo. Para que a operação ocorresse, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá ficou interditada durante uma hora e quarenta minutos.
O clima era de aparente tranquilidade entre os moradores. Alguns moradores circulavam pelas ruas, mas evitavam falar sobre a incursão da polícia no Conjunto de Favelas. Defensores públicos acompanharam a ação policial para verificar se ocorreram casos de violação dos direitos dos moradores, como ocorreu em outras instalações de UPPs.
A ocupação contou com 1.141 agentes das Forças de Segurança, entre eles 370 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope); do Batalhão de Choque (BPChoque); do Batalhão de Ações com Cães (BAC); e policiais da Corregedoria Interna da Polícia Militar. A Polícia Civil emprega nesta ação 100 homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e delegacias especializadas.
A Polícia Rodoviária Federal apoiou a operação com 120 policiais. Já o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil apoiou a ação com 180 militares e 14 veículos blindados. A Polícia Civil empregou ainda 340 agentes e peritos, além de 31 delegados, que desde as 22h de sexta-feira (4) até a noite de terça-feira (8) continuam auxiliando as operações.
As comunidades são: Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha. Além do Camarista Méier, onde vivem cerca de 4.850 pessoas.
Colaboração dos moradores
A Secretaria de Segurança solicitou a colaboração dos moradores dessa região na denúncia de criminosos, esconderijos e locais onde poderiam ser encontradas armas, drogas, objetos roubados e outros produtos ilegais. Os moradores podem ligar para o Disque-Denúncia, 2253-1177, ou para o 190 da Polícia Militar.
A Secretaria pediu ainda que todos os moradores andassem com documentos de identificação.
(g1.com.br)