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    FNLA: Um partido histórico com morte anunciada para 2022

    Os anciãos e antigos combatentes, estes, que se encontravam acampados na sede do partido durante algumas semanas, invocam razões bastantes para a destituição de Lucas Ngonda, desde irregularidades no último congresso extraordinário da FNLA realizado este ano na província do Huambo, bem como a queda crescente nos resultados eleitorais nos últimos tempos.

    A par da decisão “considerada política”, a nova direcção de transição endereçou um memorado sobre o actual momento de fracasso e indecisão futura da FNLA ao Tribunal Constitucional (TC), para impugnação do congresso do Huambo alegadamente eivado de irregularidades, bem como o “adiamento político” do partido.

    Sob direcção do líder fundador Holden Roberto, a FNLA elegeu nas primeiras eleições multipartidárias em 1992, cinco deputados, número que decaiu para três em 2008 sob liderança de Ngola Kabangu, caindo na vulgaridade em 2012 e 2017, com dois e um deputado, sob o controlo directivo de Lucas Ngonda.

    Para salvaguardar o futuro do partido, que corre o risco de vir a ser extinto nas próximas eleições gerais de 2022, Lucinda Roberto, porta-voz dos anciãos contestatários e apartidários da destituição de Lucas Ngonda, diz que a decisão política está tomada: “Lucas Ngonda não é mais o presidente do partido”. Em sua substituição, adianta, foi criada uma direcção de transição que vai responder em nome do partido, trabalhar para unificação dos “irmãos” numa primeira instância, para num segundo momento, a conjugação de esforços e condições para um congresso inclusivo e participativo.

    “O presidente está destituído, apresenta um relatório do que fez, a direcção de transição aguarda pela entrega das chaves da sede do partido, pois, é nela onde deverá desenvolver as actividades políticas nos próximos dias”. Por outro lado, sem êxito, o Vanguarda tentou ouvir a versão de Lucas Ngonda sobre os factos, mas, este, em conferência de imprensa recente, assegurou que não vai abdicar da liderança da FNLA pelo facto de estar a cumprir um mandato que lhe foi confiado pelos militantes, para além de sublinhar que o II Congresso Extraordinário realizado na província do Huambo, em Junho deste ano, emana das recomendações do Congresso de 2015.

    “Não houve nenhuma violação dos estatutos do partido”, frisou Lucas Ngonda. Objecto de vários acórdãos do TC, alguns dos quais polémicos, o congresso de unificação da FILDA em 2004, com alas e mais alam, a verdade é que a FNLA é uma manta de retalhos distante da reunificação, cujas eleições de 2022 podem ditar o fim daquele partido histórico de libertação nacional por extinção face ao marasmo em que se encontra, caso não venha a obter 0,5%. Aliás, um dos principais desafios imediatos da FNLA poderão ser as primeiras eleições autárquicas na história do País, previstas para o ano de 2020, um autêntico “teste de fogo” para a direcção de Lucas Ngonda (Vanguarda)

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