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    Filme Angolano: “O Grande Kilapy” de Zezé Gamboa

    O filme angolano “O Grande Kilapy”, do cineasta angolano José Augusto Octávio Gambôa dos Passos “Zeze Gambôa”, foi apresentado, na cidade canadiana de Toronto, nos dias 7 e 10 do corrente mês de Setembro, durante a 37ª edição do Festival Internacional de Cinema que decorreu naquela cidade de 6 a 16 de Setembro.
    A película voltou a ser exibida no dia 14. Esta longa metragem de 100 minutos foi produzida pelas companhias “David & Golias” e “Gambôa & Gambôa” e aborda as peripécias de um jovem angolano João Fraga “Joãozinho” que, durante a ocupação colonial portuguesa, desfalcou um banco para ajudar compatriotas seus a evadirem-se da cadeia e do país.
    O filme tem como actor principal o brasileiro Lázaro Ramos, que interpreta o papel de Joãozinho, filho de um funcionário bancário angolano e alto executivo do banco central, que foi capaz de burlar o regime colonial português para ajudar a manter acesa a chama dos movimentos nacionalistas em Angola.
    O jovem Joãozinho, que nos anos sessenta frequentou o curso de engenharia no Instituto Superior Técnico e jogava basquetebol no Sporting Clube de Portugal, levava uma vida em grande estilo, fazendo uso de roupas caras e carros de alta cilindragem, atraindo com isso a atenção do sexo feminino e da PIDE que vigiava o movimento académico na capital do país.
    João Fraga acaba sendo preso pela PIDE, mas é solto e aclamado, pelo povo, de herói nacional, com a abertura das cadeias como consequência da Revolução dos Cravos que culminou em 25 de Abril de 1974.
    Fazem parte do elenco do filme outros actores de países lusófonos, dentre os quais os angolanos Pedro Hossi e Carlos Paca, o cabo-verdiano Sabri Lucas, os brasileiros Hermilia Guedes, Buda Lira, Adriana Rabello, António Pitanga, Maria Ceiça, o moçambicano Alberto Magassela e os portugueses João Lagarto, Patrícia Bull, Filipe Crawford, Manuel Wiborg, Jorge Silva, Pedro Carraça, entre outros.
    Zezé Gâmboa nasceu em Luanda e trabalhou no período compreendido entre 1974 a 1980 na única estação televisiva angolana, a TPA, onde produziu documentários como “A dissidência”, e “Mopiopio, o suspiro de Angola”.
    “O Grande Kilapy”, gravado em português, é o seu segundo trabalho de ficção e foi produzido, em 2012, com o apoio da European Film Promotion e European Unions Media Programme. No Canadá foi apresentado com legenda em inglês.
    Zezé Gâmboa marcou a sua entrada nas lides internacionais com o filme “O Herói” (1998), que aborda o drama vivido por alguns mutilados de guerra angolanos, com o qual arrecadou prémios, dentre os quais o de melhor filme dramático estrangeiro na edição de 2005 do Festival Sundance, nos Estados Unidos da América, bem como em festivais internacionais.
    Fonte: TPA

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