Luanda – Os bancos comerciais estão a dar respostas muito lentas às solicitações de crédito inseridas no Programa Angola Investe, disse hoje (quinta-feira), em Luanda, o consultor do ministro da Economia de Angola, Licínio de Freitas de Vaz Contreiras.
Em declarações à Angop, na Feira Internacional de Luanda (FILDA), o técnico disse que esse constrangimento apresentado pela banca aos empresários tem dificultado a implementação célere do projecto governamental que visa a diversificação da economia nacional.
“Constituem constrangimentos a velocidade lenta e indesejada imprimida pela banca às solicitações dos empresários angolanos. Nós estamos a trabalhar com este sector a ver se todos os projectos sejam respondidos, porque os processos são entregues e não são despachados, isto é mau”, disse o entrevistado.
Informou que os bancos alegam receber projectos com pouca qualidade e alguns são de riscos elevados para financiar.
Diante dessa situação, Licínio Contreiras disse que têm apoiado os empresários sobre o ponto de situação dos projectos na banca, reencaminhar planos de alguns bancos que já têm o plafom esgotado para outros e facilitar que os empreendedores sejam financiados.
O responsável prestou essas declarações a propósito de uma palestra que visou apresentar ao público e a empresários as linhas de força do Programa Angola Investe, bem como fazer um balanço com os empreendedores sobre o ponto de situação do projecto.
A FILDA já vai no seu terceiro dia e conta com a participação de pelo menos mil empresas nacionais e estrangeiras.
ANGOLA INVESTE FINANCIA 99 PROJECTOS
Luanda – Noventa e nove projectos foram já financiados, até a presente data, pelos bancos comerciais angolanos no âmbito do Programa Angola Investe – projecto do Executivo angolano lançado em 2012, informou hoje, em Luanda, o consultor do ministro da Economia, Licínio Contreiras.
Em entrevista à Angop, na Feira Internacional de Luanda (FILDA), o assessor do ministro disse que os 99 projectos financiados 30 já têm valores desembolsados.
Licínio Contreiras disse que os créditos foram destinados a projectos ligados à agricultura, agro-indústria e indústria de material de construção civil, que estão distribuídos em várias províncias. Cerca de 40 porcento destes projectos estão em Luanda.
Informou também que, no âmbito do Angola Investe, o Instituto Nacional de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) certificou cerca de sete mil e 300 empresas e 11 empresas aderiram ao programa “Feito em Angola” . Actualmente cerca de 66 produtos já usam o selo Feito em Angola.
Anunciou que o ministério tem em carteira um projecto relativo à desburocratização de criação e licenciamento de empresas , que está em curso, bem como o Programa de Dinamização dos Pólos de Desenvolvimento Agro-industriais.
Angola Investe é um programa criado pelo Executivo angolano com o objectivo de diversificar a economia e apoiar o empreendedorismo.
A FILDA é a maior exposição de Angola e conta este ano com feirantes de vários países de África, Europa, Ásia e América do Norte e do Sul. (portalangop.co.ao)