Uma semana após a eleição como presidente da bancada parlamentar do PSD, com apenas 39% dos votos, Fernando Negrão continua a ser alvo de análise por parte de diversos quadrantes da política nacional.
A eleição de Fernando Negrão “não está legitimada”. Antes pelo contrário, garante Joaquim Jorge ao Notícias ao Minuto, defendendo que o líder parlamentar do PSD “pode dizer o que entender, mas está fragilizado e coxo”.
O biólogo de formação diz que o “PSD vai viver num clima de guerrilha constante”, antevendo que os “deputados não vão obedecer a ordens de quem teve 39% dos votos”.
Tendo em conta que dos 88 deputados sociais-democratas apenas 35 votaram em Fernando Negrão (32 votaram em branco e 21 votaram nulo), o fundador do Clube dos Pensadores admite que começa a “achar que Rui Rio está a prazo” e que o “confronto de ideias vai continuar e será transportado para um nível hierárquico inferior”, que são as distritais.
“Nunca pensei, mas Rui Rio está a prazo com o futuro posto à prova a cada passo que der”, condena, lembrando que “primeiro” são as “eleições para as distritais em meados de 2018, as eleições europeias em maio de 2019, depois as eleições regionais da Madeira em setembro/outubro, assim como as eleições legislativas”, escreve num texto de opinião enviado ao Notícias ao Minuto.
Joaquim Jorge lamenta, assim, que “há a ideia de vários PSDs”, considerando que o “acordo com Santana Lopes é um acordo esquisito” que “passou a ideia de que os lugares é que fizeram calar as divergências”.
“Rui Rio quer aproximar os cidadãos do PSD, mas esqueceu-se de se aproximar dos militantes que o apoiaram no PSD”, remata. (Notícias ao Minuto)
