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    Família de Waldemar Bastos pede privacidade. Condolências

    A família do músico angolano Waldemar Bastos reconfirmou a morte do artista, em Portugal, vítima de doença, e pediu privacidade nesse momento de luto.

    Numa mensagem publicada na página oficial do músico, no Facebook, lê-se que “Waldemar Bastos morreu nesta madrugada, em Lisboa (Portugal), aos 66 anos, vítima de cancro”.

    “Com profunda tristeza e dor, a família informa a todos que conheciam e apreciavam a sua música, que Waldemar Bastos faleceu ontem, dia 9 de Agosto de 2020, vítima de doença prolongada”, destaca.

    Conforme o texto, “ficarão com eterna saudade, carinho e com o seu amor incondicional à sua família, em especial como pai e avô”.

    No post, lê-se que Waldemar Bastos deixa a todos, em particular ao povo humilde de Angola, o seu legado musical ímpar e de excelência.

    Portugal: Embaixador lamenta morte de Waldemar Bastos

    O Embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, manifestou-se ontem segunda- feira, consternado pela morte do músico angolano, Waldemar Bastos, vítima de prolongada doença.

    Em mensagem de condolências, Carlos Alberto Fonseca afirma que as artes       e     a     cultura angolanas ficam mais empobrecidas com a morte do renomado compositor angolano.

    De acordo com o diplomata, Waldemar Bastos é um dos mais notáveis representantes       de projecção internacional, cujo legado permanecerá com destaque no acervo musical  nacional.

    Já a historiadora e a antiga ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, escreve, na sua página no Faceboock, que a obra que fica para a posteridade “nos conforte na saudade”.

    Por seu turno, o Governo do Zaire considera-o como um consagrado artista lusófono da World Music e dos primeiros artistas a alcançar a internacionalização, acrescentando que a sua partida constitui um golpe duro para o país, para a cultura nacional e para a população do Zaire.

    “A partida de Waldimar Bastos, deixa-nos mais empobrecidos, por isso, o seu legado e o seu nome ficará registado para sempre na memória colectiva dos angolanos”, lê-se na nota.

    Waldemar dos Santos Alonso de Almeida Bastos, conhecido como Waldemar Bastos, nasceu em M’Banza Kongo, capital da província do Zaire, a 4 de Janeiro de 1954.

    O músico é um dos mais respeitados artistas lusófonos da world music e dos primeiros artistas de Angola a alcançar a internacionalização.

    Com um percurso profissional de mais de quatro décadas, Waldemar Bastos apresentava uma sonoridade que o próprio definia como afro-luso-atlântica, marcada por composições de cariz autobiográfico e influências da cultura africana e portuguesa.

    Descrito como uma pessoa direta e interventiva, pronunciou-se com frequência a favor da democratização de Angola e deu nota em várias ocasiões de que se sentia ostracizado pelo poder político angolano.

    Ao longo da sua carreira trabalhou com nomes como Chico Buarque, Dulce Pontes, David Byrne, Arto Lindsay e Ryuichi Sakamoto, entre outros, com a Orquestra Gulbenkian, a London Symphony Orchestra e a Brazilian Symphony Orchestra. Tinha os Bee Gees e Carlos Santana como referências.

    Recebeu em 2018 o Prémio Nacional de Cultura e Artes, a mais importante distinção cultural do Estado angolano. No ano anterior, tinha sido considerado Músico e Cantor Internacional de 2017 no X Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora, em Lisboa, ocasião em que foi elogiado por defender a democracia e os direitos humanos.

    Em 1999 recebera o prémio New Artist of the Year nos World Music Awards, promovidos pelo Príncipe do Mónaco.

    O cantor actuava com regularidade em Portugal, tendo estado por exemplo em 2017 na abertura do Festival de Teatro de Almada e no Festival de Músicas do Mundo de Sines.

    O último álbum do artista, Classics of My Soul (2010), foi apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com a Orquestra Gulbenkian e tinha sido gravado em Londres, sob a direção do maestro Nick Ingman.

     

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    FonteANGOP

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