A falta de recursos financeiros condiciona a abertura ao público do Centro de acolhimento de crianças vulneráveis, inaugurado em 2015, na cidade do Luena, informou hoje (terça-feira), à Angop, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Leonor Mbimbi de Morais.
A responsável referiu que além da verba, o empreendimento construído com fundos do Programa de Investimentos Públicos (PIP), carece também de técnicos especializados em psicologia, sociologia, educadores e assistentes sociais, entre outras áreas, para servirem de guias.
Com uma capacidade para albergar 80 crianças, a instituição foi erguida com a intenção de reeducar, ensinar e posterior reintegração no seio da família, explicou.
Disse que o sector que dirige está a trabalhar no sentido de legalizar no Ministério de tutela o imóvel para ser transformado em património do estado.
A infraestrutura comporta quatro gabinetes administrativos, uma secretaria geral, refeitório, cozinha, dormitórios, salas de informática e de recreação.
Anunciou, por outro lado, o surgimento nos últimos dias na cidade do Luena, do fluxo de crianças desamparadas que se aglomeram, principalmente, na entrada dos mercados e da estação do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), pelo que manifestou-se preocupada, pois muitos são provenientes das vizinhas províncias do Bié, Lunda Sul e Lunda Norte.
Informou que o seu sector vê-se limitado em recolher as crianças que deambulam pelas ruas, por falta de funcionamento do Centro de Acolhimento.