Nove crianças, com idades compreendidas entre os três e os 11 anos, estão internadas no Hospital Geral da província do Bié, vítima da explosão de uma mina, sábado, no bairro Chissindo, arredores da cidade do Cuito.
Segundo a Angop, o facto foi avançado ontem, segunda-feira, à imprensa, pelo director-geral do Hospital Geral do Bié, Miguel Cabaça, tendo referido que, apesar de os pacientes carecerem de cuidados, os menores não correm perigo de morte.
Fez saber que trata-se do segundo caso a ocorrer na mesma semana, sendo que o primeiro aconteceu quinta-feira, ferindo uma criança de 12 anos de idade.
Por sua vez, Laurinda Catumbo, mãe de dois menores feridos, contou que a tragédia aconteceu quando as crianças fizeram uma fogueira para se aquecerem do frio e provocou a explosão da mina.
Já o governador da província do Bié, Pereira Alfredo, manifestou a sua solidariedade para com as vítimas e seus familiares, no final de uma vista realizada, hoje, aos menores internados no hospital.
Exortou aos país e outros encarregados de educação no sentido de alertarem aos menores para evitarem brincar com objectos desconhecidos.
Apelou ao Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Forças Armadas Angolanas (FAA) e outros parceiros sociais a continuarem a sensibilizar a população sobre os perigos de minas, visando reduzir o número de vítimas causado por esses engenhos.
Dados do INAD na província do Bié apontam que em 2018 foram destruídos sete mil 707 engenhos explosivos não detonados na província do Bié, deixando livre 46,9 hectares de terras para a agricultura.
No período em referência, o INAD registou três acidentes com minas, que provocaram um morto e dez feridos, nos municípios de Camacupa, Cuito e Andulo.