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    Exploração ilegal de inertes preocupa ambientalistas em Moçâmedes

    O aumento da exploração ilegal de inertes nas zonas periféricas da cidade de Moçâmedes preocupa a Associação dos Amigos do Ambiente, informou hoje, quinta-feira, o secretário-geral da organização, Aldino Francisco.

    O ambientalista manifestou-se preocupado com o facto de os comerciantes efectuarem a exploração ilegal dos inertes próximo das residências e instituições escolares.

    Aconselhou as autoridades tradicionais e a população em geral, no sentido de colaborarem com aquela instituição, denunciando todas as práticas prejudiciais, visando desencorajar os que praticam tais acções.

    “A exploração ilegal de inertes atingiu larga escala, sempre se praticou mas este ano os casos aumentaram e é preciso pôr fim a estas acções”, lamentou.

    Para além de provocar ravinas, o responsável esclareceu que o material usado pelos garimpeiros não é o apropriado aumentando os riscos de saúde para os exploradores.

    Esclareceu que os bairros 5 de Abril e Valódia são as circunscrições mais afectadas por registar a exploração desenfreada de diversos inertes para comercialização.

    “Homens e mulheres têm exercido esta actividade alegando a falta de emprego e muitas famílias extraem inertes em zonas próximas das suas residências aumentando os riscos de desabamento das habitações”, frisou.

    Defendeu a necessidade das referidas comunidades estarem associadas em cooperativas no sentido de exercerem a actividade em zonas recomendadas pelos órgãos competentes.

    Frisou que, associados em cooperativas, os garimpeiros poderão pagar impostos ao Estado e contribuir para o desenvolvimento económico da província.

    Por sua vez, o director provincial da Geologia e Minas, Armando Valente, afirmou que a sua equipa tem conhecimento da actividade e com a ajuda da Polícia Nacional tem realizado várias acções para combater tais práticas nocivas ao meio ambiente, como campanhas de sensibilização que visam o desencorajamento de tal prática .

    Disse que os exploradores não licenciados furtam-se em pagar impostos fomentando o comércio ilegal de inertes nas zonas periféricas do município sede.

    Avançou que os inspectores da sua direcção têm feito pesquisas de rotina e constataram que alguns construtores, recorrem aos garimpeiros por praticarem preços reduzidos, comparando aos exploradores licenciados.

    “São actividade de subsistência, e, por ser uma exploração artesanal exigimos que sejam licenciados para se fazer cumprir o decreto executivo conjuntos 189 do Ministério das Finanças e da Geologia e Minas”, esclareceu.

    De acordo com o responsável, a extensão do deserto tem dificultado o controle e regulamentação da actividade, pois, os contactos têm sido feitos entre o proprietário da obra e o garimpeiro. (Angop)

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