Sexta-feira, Maio 17, 2024
13.6 C
Lisboa
More

    Estudantes angolanos anunciam nova manifestação para exigirem fim da greve dos professores

    O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) anunciou hoje uma nova manifestação, para 19 de fevereiro, pelo fim da greve dos professores universitários e reinício das aulas nas instituições públicas, lamentando a “estagnação do seu futuro”.

    A greve, “por tempo indeterminado”, dos professores universitários angolanos, convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior (Sinpes), teve início em 03 de Janeiro de 2022 e entra hoje para mais uma semana.

    Numa nota enviada hoje à Lusa, o MEA, que promoveu no sábado passado, em Luanda, uma manifestação pelo retorno às aulas no subsistema do ensino superior público, refere que a segunda marcha está prevista para 19 de Fevereiro próximo, também em Luanda.

    Exigir o fim da greve dos professores universitários e o reinício das aulas nas universidades públicas constam entre os propósitos da manifestação “pacífica, académica e ordeira”, que deve decorrer do largo do cemitério Santa Ana até ao largo 1.º de Maio, na capital angolana.

    Segundo o MEA, a paralisação das aulas “está a prejudicar os estudantes com planos concretos”, sobretudo numa fase que os estudantes “já estariam em provas de exame do primeiro trimestre”.

    “Se de um lado o Governo não consegue resolver as reivindicações dos professores, do outro lado, nós, enquanto estudantes, não podemos aceitar ver o nosso futuro estagnado”, lê-se na nota.

    Os estudantes lamentam também o “silêncio sepulcral” das autoridades, o que demonstra, referem, “falta de vontade por parte de quem diz estar a governar para melhor”.

    “Vamos novamente às ruas até que a greve caia por terra”, asseguram, realçando que a manifestação de 19 de Fevereiro “é aberta” a todos que se solidarizam com os estudantes universitários das instituições públicas.

    A primeira manifestação do MEA, convocada para o mesmo fim, decorreu no sábado passado, na capital angolana, e reuniu mais de 100 estudantes que marcharam pelo retomar às aulas e reprovaram os salários “míseros” dos docentes, pedindo a intervenção do Presidente da República, João Lourenço.

    A marcha contou com o seguimento de efetivos da polícia nacional, que acompanharam o percurso dos estudantes que pediam igualmente a exoneração da ministra do Ensino Superior.

    O Ministério do Ensino Superior angolano considera que o aumento salarial dos docentes, em greve há mais de um mês, é um “processo delicado e complexo”, mas garante que já decorrem ações a nível do Governo nesse domínio.

    O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) diz, em comunicado de imprensa, a que a Lusa teve hoje acesso, que “decorrem acções a nível do executivo, em sede de uma abordagem mais geral da matéria salarial da administração pública”.

    Para o ministério, o aumento salarial dos professores universitários “é um processo delicado e complexo que exige considerar um conjunto de variáveis que garantam a sustentabilidade de qualquer contraproposta apresentada pelo executivo”.

    Aumento salarial, melhores condições laborais, pagamento da dívida pública e eleições dos corpos directivos das instituições públicas do ensino superior são algumas das reivindicações dos docentes angolanos em greve por tempo indeterminado.

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    TSE suspende julgamento de ações que pedem cassação de Moro por atos na pré-campanha em 2022; caso será retomado na 3ª

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nesta quinta-feira o julgamento das ações que pedem a cassação do senador Sergio...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema