A filha mais nova do rei Juan Carlos foi acusada de branqueamento de capitais e fraude fiscal naquele que poderá vir a ser o primeiro julgamento de um membro da família real espanhola.
A Infanta Cristina foi convocada a prestar declarações no próximo dia 8 de março por um juiz de instrução da comarca de Palma de Maiorca.
O advogado da Infanta considera que o “juiz fez o que tinha a fazer, em conformidade com as suas funções”, mas discorda da decisão tomada.
Após uma longa instrução, Cristina é pela segunda vez constituída arguida num processo que envolve também o marido, Iñaki Urdangarin, que está acusado de desvio de fundos. Em abril, o juiz tinha suspendido a decisão de constituir a Infanta como arguida depois de um recurso apresentado pela procuradoria anticorrupção.
A população está dividida. Há quem considere que Cristina “merece” o que lhe está a acontecer e que “se o juiz tomou esta decisão é porque teve motivos para isso”, defendendo que a Infanta “deve ser tratada como qualquer outro cidadão”, caso contrário “seria criado um grave problema social”. Outro habitante de Madrid, que afirma ter “a maior consideração pela Casa Real”, diz que o caso não lhe altera a opinião sobre a monarquia, mas que lhe faz “perder a confiança na política e no sistema judicial”.
O chamado “caso Nóos”, nome da instituição que foi presidida pelo marido de Cristina de Borbón, está a abalar as fundações da Casa Real espanhola. (euronews.com)