De passagem por Paris, o ministro brasileiro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou nessa terça-feira, 5 de novembro, a polêmica sobre a eleição direta para reitor da Universidade de São Paulo, debate que desencadeou a tomada de um dos prédios da instituição pelos estudantes desde outubro. Para ele, os mecanismos de consulta junto aos professores e alunos ainda são a melhor opção.
No mesmo dia em que a Justiça brasileira decidiu pela reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupada desde 1º de outubro por estudantes que reinvidicam eleição direta para a escolha do reitor da instituição, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou o caso. De passagem por Paris, onde participa da 37ª Conferência Geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), ele deu seu ponto de vista sobre a polêmica que agita o meio estudantil paulista há mais de um mês.
Mercadante ressaltou que o caso da USP é um problema interno, que deve ser revolvido pela próprio universidade. Para ele, “cada instituição tem que decidir o seu caminho”, mas o questionamento sobre a escolha dos reitores junto “aos professores, estudantes, servidores e funcionários é melhor do que o Conselho Universitário definir sem a consulta prévia”.
O ministro também frisou que nas universidades federais esse problema não existe, já que o sistema adotado é o da eleição com participação de toda a comunidade. Ex-aluno da USP, onde fez sua graduação e foi um dos fundadores do DCA em 1974, Mercadante lembra que esse debate não é recente. “Já naquela época a gente lutava pelas eleições diretas”. (portugues.rfi.fr)
por Silvano Mendes