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    Em nove meses malária matou 47 pessoas em Sofala

    A doença causada pelo mosquito “anopheles” continua na dianteira das que mais afectam em Sofala. As autoridades mostram-se preocupadas e pedem o envolvimento da comunidade no combate à doença.

    Dados apresentados pelo sector de saúde em Sofala indicam que os casos de malária continuam preocupantes naquele ponto do país, tornando a doença como a principal causa de internamentos nas unidades sanitárias.

    Desde Janeiro a esta parte, foram notificados cerca de 746 mil casos em toda a província, sendo que 47 pessoas perderam a vida na sequência da mesma.

    Entretanto, no ano passado, houve menos três mil casos, ou seja, perto de 743 mil casos e, infelizmente, houve mais mortes: 88 pessoas perderam a vida vítimas da doença causada pelos mosquitos.

    Mosquitos que se encontram no habitat de cada família, e tem nas pessoas com a higiene individual e colectiva deficiente como o alvo.

    No bairro da Chipangara, por exemplo, um dos mais suburbanos da cidade da Beira e com casos elevados da malária, é patente o desleixo da comunidade.

    Os moradores não se importam em manter os seus pátios e locais comuns limpos, criando assim oportunidades para a multiplicação de mosquitos.

    Em resposta aos desafios que a doença impõe à saúde pública, iniciou, no passado domingo, a distribuição de cerca de um milhão e 420 mil redes mosquiteiras, em toda a província de Sofala.

    As redes são infiltradas de insecticidas de longa duração, com projecção para 615 mil agregados familiares. A distribuição está sendo porta-a-porta, devido à COVID-19.

    As primeiras redes já foram distribuídas pelo governador de Sofala, Lourenço Bulha, que pediu aos beneficiários para fazerem o uso correcto da rede e a estarem atentos ao processo de distribuição das mesmas.

    “Em ocasiões anteriores, alguns beneficiários de redes mosquiteiras venderam as redes ou usaram-nas para pesca e ou protecção dos seus quintais e hortas, em vez de se protegerem contra os mosquitos. Infelizmente, a malária está a matar e a solução é nos protegermos”, apelou Bulha, que pediu denúncias “em caso de desvio de redes e ou venda das mesmas”.

    Ainda no âmbito do combate à malária, o sector de saúde iniciará esta semana campanhas de sensibilização de limpeza em toda a província, com enfoque na cidade da Beira, por forma a travar o avanço da doença.

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