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    Elefantes destroem culturas no Mulondo

    Manadas de elefantes provenientes do parque nacional do Bicuar têm destruído, na comuna do Mulondo, Matala, dezenas de lavras de massango, massambala, milho e abóbora.
    O administrador da comuna disse, ao Jornal de Angola, que já foram destruídas 25 lavras nas aldeias de Tchiwakusse, Kassapo, Matundo, Kamuhende e Tchipeio, o que afecta directamente mais de 40 famílias.
    “As poucas produções feitas na comuna do Mulondo estão a ser devastadas pelos elefantes, o que preocupa a comunidade e a administração comunal”, afirmou Zeca Mupinga, que referiu também as inconveniências da estiagem prolongada.
    Devido à proibição de abater elefantes para a conservação da fauna e da flora, o administrador pediu aos camponeses que continuem a usar batuques, fogueiras, chocalhos e o batimento de latas para afugentar os animais e sugeriu a vedação do parque do Bicuar para “os elefantes viverem no habitat natural”.
    Mulondo regista um crescimento notável graças ao programa de combate à pobreza, lembrou o administrador, que mencionou, como exemplos, os sectores da educação e da saúde. A saúde, referiu, merece atenção especial da administração municipal, que tem fornecido medicamentos aos três postos de saúde, inaugurados recentemente, e uma ambulância, o que permite que os doentes em estado mais graves sejam transferidos para o hospital da Matala.
    O programa desenvolvimento rural e de combate à pobreza tem também proporcionado crescimento no sector da educação. Na sede da comuna começou a ser construída, com financiamento da administração municipal, uma escola do I ciclo, com seis salas, o que vai ajudar a reduzir o número de crianças fora do sistema de educação, actualmente estimado em cerca de mil, e vão ser edificadas outras.  A comuna tem, este ano lectivo, quatro mil alunos do ensino primário e secundário do primeiro I ciclo e a administração do Mulondo espera que cheguem mais professores após a realização, em breve, na Matala, de um concurso público.
    O administrador comunal disse que, até Maio, 340 pessoas da tribo khoisan receberam, da direcção provincial da Assistência e Reinserção Social, entre outros bens, sal de cozinha, sabão, óleo alimentar, sementes diversas, instrumentos de trabalho e chapas de zinco. Os pescadores locais, organizados em associações e cooperativas, receberam anzóis e redes para a prática da pesca artesanal.

    A estrada que liga a sede comunal do Mulondo à Matala, de 175 quilómetros, vai ser reabilitada, no âmbito do programa do Executivo de estruturação da rede viária, estando já a ser desmatada. “Com a reabilitação da via as trocas comerciais entre o campo e a cidade vão melhorar e a circulação de pessoas passa ser feita com maior segurança”, disse Zeca Mupinga. Uma doença ainda não identificada, que dizima, desde o princípio do ano, no Mulondo, gado bovino, matou já 150 animais que, referiu o administrador, é a principal riqueza dos mais de 50 mil habitantes.


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