O economista angolano Alves da Rocha disse à Lusa que está cético de uma melhor distribuição da riqueza em Angola, atendendo às previsões de crescimento económico de cinco por cento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o quinquénio 2012-2017.
Em declarações à Agência Lusa, Alves da Rocha referiu que, “para que possa haver distribuição de rendimento, de benefícios, tem que haver crescimento”, salientando que o Centro de Estudos de Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, de que é diretor, publicou recentemente um estudo que faz esta reflexão.
A economia angolana, desde o final da guerra em 2002, registou um crescimento económico na ordem dos dois dígitos, com a exceção do período da crise económica e financeira mundial, mas as projeções para os próximos anos apontam uma descida para um dígito. “Se até 2017, a economia vai crescer muito menos do que aquilo que cresceu entre 2002 e 2008 (15 por cento) – mas muito menos -, portanto a questão da distribuição de rendimentos vai-se colocar com muita acuidade”, esclareceu Alves da Rocha.
FONTE: Lusa