Previsão de crescimento na versão original do OGE era 9,7%. Na versão revista em Março passou a 6,6%. BNA desce agora para 4,4%.
A persistência da crise do petróleo, com o preço do barril a manter-se em baixa nos mercados internacionais, levou a uma redução em mais de 50% do valor estimado para o crescimento da economia angolana durante este ano – comparativamente à versão original do Orçamento Geral do Estado, que apontava para os 9,7%. O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê que economia nacional avance apenas 4,4% ao longo de 2015.
Esta não é a primeira revisão em baixa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Na sequência da quebra para menos de metade das receitas fiscais, decorrentes das exportações de petróleo, a Assembleia Nacional voltou a aprovar, agora em versão revista, uma nova proposta de OGE para o ano em curso. Decorria então o mês de Março. E, nesse documento, actualmente em vigor, a previsão de crescimento fixou-se nos 6,6%.
Mas a manutenção – e até agravamento – da crise financeira levou agora o BNA a rever em baixa, mais uma vez, a previsão de crescimento real da economia nacional, para os 4,4%. Este valor está inscrito no relatório sobre a inflação relativo ao primeiro trimestre de 2015.
Esta previsão do banco central angolano é ainda mais pessimista do que a última estimativa avançada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na qual este admite que a totalidade da riqueza produzida em Angola ao longo deste ano impulsione o crescimento do PIB até aos 4,5%.
A taxa de inflação, a um ano, já superou a barreira dos 9%, muito por culpa da desvalorização do kwanza. A taxa média de câmbio ronda actualmente os 126 kwanzas face ao dólar, enquanto no OGE foi inscrito um valor médio de 112,5 kwanzas por cada dólar. (sol.ao)