Os profissionais de saúde da Libéria ameaçam entrar em greve esta segunda-feira.
Os trabalhadores que lidam, diariamente, com o vírus do ébola denunciam as atuais condições laborais e exigem um aumento do subsídio de risco na ordem dos 160 euros.
“Olhe para isto, os trabalhadores nem conseguem respirar neste fato porque não têm oxigénio” refere o responsável de uma unidade de saúde na Libéria.
O protesto dos profissionais de saúde promete ser um revés no combate ao vírus do ébola, num país onde já morreram mais de 2 mil pessoas.
“Isto significa que os pacientes em isolamento correm o risco de morrer. Os que, ainda, têm força vão abandonar as unidades hospitalares e regressar a casa porque precisam de comer. Por isso, vão acabar por infetar outras pessoas da comunidade. O número de casos nas ruas vai aumentar” conclui o mesmo responsável da unidade de saúde.
Na Libéria, cerca de 200 profissionais de saúde contraíram a doença devido à falta de equipamento adequado. 95 acabaram por morrer.
“Precisamos de alimentos e de cuidados médicos a horas. Esta manhã não comemos porque não havia ninguém aqui” refere um paciente.
Uma situação que promete agravar-se caso o governo mantenha o braço de ferro com os profissionais de saúde.
Recorde-se que a Libéria é um dos países mais afetados pelo surto de ébola. (euronews.com)