O director adjunto da LS Produções, Sidney, o Profeta, disse ontem, em Luanda, que a empresa está a trabalhar a 30 por cento da sua capacidade produtiva, devido à fraca rentabilidade actual do produto discográfico.
O agente cultural disse que a sua empresa está a fazer investimentos onde há hipóteses de rentabilidade. “Os investimentos em discos já foram mais rentáveis, assim como a produção já foi muito alta, ao ponto de a música angolana atingir um patamar muito alto nos últimos anos”, explicou.
Em 2008, informou, a LS Produções produziu 44 discos, o que foi considerado na altura um recorde em Angola, mas nos anos seguintes foi baixando.
O responsável alegou que esta situação derivou da crise económica. “Este ano, teremos poucas produções, já que mudamos a forma de actuação”, afirmou, acrescentando que hoje já não se fazem discos por fazer, mas tendo em conta o mercado financeiro e a aceitação pública do produto. “Já fizemos muitos discos e temos outros que não estão a ser comercializados devido à fraca divulgação”, afirmou. A LS Produções tem apostado muito na qualidade do seu produto, apesar de estar a ter alguns prejuízos. “No momento, estamos a potencializar todos os talentos da produtora nos mais variados géneros musicais, particularmente os do folclore, que é pouco consumido”, disse.
Destacou ainda que uma empresa como a LS Produções tem de recorrer a muitos meios para poder obter lucros, por isso, tem mais cautelas para não fazer muitos investimentos às cegas, já que o mercado está mais competitivo. Sidney, o Profeta disse que a empresa reforçou as suas parceiras com a LS Republicano, LP, Bué de Beats e a Quebra Galhos. “Actualmente, não há a intenção das produtoras em serem a número um do mercado, porque o peso é muito elevado, em termos de investimentos”, referiu.
Publicidade
