Luanda – Mais de mil e 500 kimberlitos, rocha mãe de onde provêem diamantes, foram detectados em Angola durante um estudo efectuado pela Empresa de exploração diamantífera russa (Alrosa), disse hoje, em Luanda, o seu representante, Victor UstinovI.
Ao dissertar na palestra sobre o Estudo e Ampliação dos Campos Kimberliticos de Angola, na quarta edição da Feira Internacioal de Minas (FIMA), que decorre em Luanda , Victor Ustinov referiu que os estudos são actuais e para a realização do mesmo foi utilizada uma metodologia não muito preciosa e cara, mas muito eficaz.
Referiu que no país se encontram muitos jazigos aluvionares e a maior parte destes estão ao céu aberto, o que significa que os depósitos de diamante estão próximos da superfície da terra e é fácil detectá-los.
Acrescentou que 80% do território nacional está coberto por rochas pouco sólidas e a potência de sedimentos que cobre o país fica entre 100 a 150 metros de profundidade.”O potencial diamantífero de Angola falta muito para ser estudado”, sublinhou.
O representante da Alrosa referiu que a análise preliminar realizada pela empresa mostra que o teor do diamante angolano é muito alto e que as características que detectam este teor mostram que o país tem um grande potencial diamantífero.
Informou que os especialistas da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama) e da Empresa de Comercialização de Diamantes (Sodiam) já efectuaram uma colecção de cristais de diamantes das diferentes concessões. Estes cristais vão ser tratados por especialistas da Alrosa e da Endiama em laboratórios próprios na Rússia.
Na opinião do especialista russo, Angola deve elaborar um programa que prevê estudos geofísicos, geométricos e sondagens das áreas ainda não descobertas.
A FIMA termina domingo e conta com participação de pelo menos 70 empresas angolanas e estrangeiras.
Fonte: ANGOP