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    Deputados pedem investigação de Eduardo Bolsonaro pelo Conselho de Ética da Câmara

    PSOL e PCdoB apresentaram representações contra Eduardo Bolsonaro

    Deputado fez comentário irônico sobre tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura

    Partidos pedem a cassação de Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro

    O PSOL e o PCdoB protocolaram representações contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Ambos os pedidos têm como objetivo cassar o mandato do filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL), após publicação no Twitter, em que Eduardo ironiza a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar.

    “Protocolamos REPRESENTAÇÃO POR QUEBRA DE DECORO contra Eduardo Bolsonaro por seu ataque sórdido e covarde à jornalista Miriam Leitão. Não aceitaremos apologia à tortura naquela que deveria ser a Casa da Democracia. Esse canalha vai pagar!”, escreveu o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

    “Ainda com pena da [emoji de cobra]”, escreveu Eduardo Bolsonaro, ao compartilhar o título da coluna de Miriam Leitão no jornal O Globo. O texto em questão dizia que a equiparação entre Jair Bolsonaro e Lula (PT) era indevida, já que o atual presidente apoia a ditadura militar.

    O comentário de Eduardo Bolsonaro faz alusão ao momento em que Miriam Leitão, aos 19 anos e grávida, foi torturada durante a ditadura. Na ocasião, usaram uma cobra como instrumento de tortura.

    “Miriam Leitão estava grávida quando usaram uma Cobra numa sala escura para torturá-la. Um homem que faz piada com essa situação é desumano, repugnante. Acionamos o Conselho de ética. O deputado Eduardo Bolsonaro, assim como seu pai, precisa responder pelos seus atos”, afirmou a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP).

    Repúdio de candidatos
    Os pré-candidato à presidência Lula e Ciro Gomes (PDT) usaram as redes sociais para repudiar as falas de Jair Bolsonaro. O pedetista chamou Eduardo Bolsonaro de “verme”.

    “Difícil saber quem é o pior dos torturadores. O que fere primeiro ou o que reacende a chaga da memória sempre aberta de um torturado. Ao debochar de Miriam Leitão, o verme Eduardo Bolsonaro nos provoca esta sombria reflexão”, escreveu.

    Lula, por sua vez, afirmou que os atos da ditadura são “indefensáveis”. “Minha solidariedade à jornalista Miriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade.”

    Sergio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, também fez uma publicação para criticar a atitude de Eduardo Bolsonaro. “É inaceitável usar um episódio de tortura para atacar a jornalista Miriam Leitão. A vergonha está no ofensor. Covarde é quem ofende mulher.”

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