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    Deputados franceses ratificam acordo de comércio livre UE/Canadá

    RFI | João Matos

    Os deputados da Assembleia nacional francesa reunidos hoje ratificaram o acordo de comércio livre entre a União europeia e o Canadá. Um acordo muito controverso criticado no seio do próprio partido do presidente Macron e seus aliados centristas, mas também por criadores de gado bovino e ONG’s.

    Os deputados franceses reunidos hoje em sessão na Assembleia nacional ratificaram o acordo de comércio livre União europeia/Canadá, tido como positivo para a economia francesa segundo uns e arriscado para outros.

    O acordo foi aprovado por 266 votos a favor, 213 contra e 74 abstenções. No seio do próprio partido presidencial, LREM, houve 52 abstenções e 9 votaram contra.

    Com efeito o acordo que já entrou parcial e provisoriamente em vigor há 2 anos suscita reticências nas fileiras do próprio partido presidencial no poder LREM e seus aliados centristas do MoDem.

    Esta manhã, o Primeiro ministro, Edouard Philippe, reuniu-se com os deputados da sua maioria antes da votação tendo alertado para as “consequências nulas” e que o melhor seria o respeito da linha partidária, declarou um participante no encontro.

    O PM francês não conseguiu impor a linha partidária tendo em conta as 52 abstenções e 9 votos contra.

    Ontem, o ex-ministro da Transição ecológica, Nicolas Hulot apelou numa carta aberta aos deputados a terem “coragem de dizer não” ao acordo de comércio livre UE/Canadá, que pode abrir as portas a substâncias perigosas que reduzam as normas sanitárias.

    O Presidente Emmanuel Macron, disse por seu lado, que uma “ratificação iria “num bom sentido”, reafirmando a necessidade de garantir uma boa “implementação” do tratado.

    Negociado durante 7 anos, o acordo económico e comercial global, CETA, foi aprovado pelo Parlamento europeu em Fevereiro de 2017. Deve ser ratificado pelas 38 Assembleias nacionais e regionais europeias, mas até agora, apenas 13 estados o fizeram nomeadamente Portugal e Espanha.

    O Acordo de comércio livre suprime nomeadamente os direitos alfandegários de 98% dos produtos circulando nas duas zonas canadiana e europeia.

    Mas é criticado duramente por agricultores, criadores de gado bovino e ONG nomeadamente ligadas ao meio ambiente e ecologia.

    Os criadores franceses de gado bovino mostram-se preocupados com a quantidade de carne que passará a entrar na União europeia vinda do Canadá no quadro do acordo de comércio livre CETA.

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