Os quatrocentos e 42 portadores de deficiências múltiplas controlados pela Associação nacional de Deficientes de Angola (ANDA) no município do Soyo, província do Zaire, clamam por apoios em meios para o fomento de actividades profissionais para o seu auto-sustento e das suas famílias.
O grito de socorro foi lançado hoje, quarta-feira, no Soyo, pelo responsável local da ANDA, Manuel Nkutxi, que pediu maior sensibilidade das instituições públicas e privadas para a cedência de kits profissionais nas áreas de agricultura, pescas, carpintaria, mecânica, informática, entre outras, aos seus assistidos.
Como medida de suporte ao empreendedorismo, o responsável assegurou que a ANDA no Soyo continuará a apostar na formação técnico-profissional e académica dos seus membros, através de convénios estabelecidos com o centro de formação local afecto ao Ministério de Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e outros.
A informática, serralharia, carpintaria e línguas estrangeiras (inglês e Francês) são as áreas preferidas para a formação das pessoas portadoras de deficiências nesta parcela da província do Zaire, segundo a fonte.
No entanto, Manuel Nkutxi, lamentou o flagelo da discriminação desta camada da sociedade no mercado de trabalho público e privado, frisando que o acesso aos concursos públicos de ingresso por parte dos deficientes continua a ser dificultado, nesta região.
Como disse, muitos dos assistidos da ANDA no município possuem habilitações académicas que os permitem trabalhar em qualquer esfera empresarial, mas são puro e simplesmente preteridos, por serem portadores de deficiências.
Por outro lado, considerou fraca a assistência em bens de primeira necessidade que tem sido prestada a esse grupo alvo pelas autoridades competentes da administração municipal e do governo provincial.