A inclusão da educação sexual nos planos curriculares nas escolas, para elucidar os adolescentes sobre a problemática da sexualidade, combatendo, desta forma, o surgimento de gravidez precoce, foi defendida hoje, sexta-feira, em Saurimo, província da Lunda Sul, pelo docente universitário Anatole Ginga.
Em declarações à Angop no quadro da problemática da gravidez precoce na adolescência, o docente disse que a falta de informação sexual, sobretudo no seio familiar, sem tabu, agudiza o problema e como consequência provoca a desistência no círculo escolar.
Aconselhou o corpo docente a abordar, nas aulas, sem tabu, a sexualidade, de modo a que os adolescentes dominem a temática em causa, contribuindo ainda na abstinência do uso do sexo antes da idade permitida.
Fez saber que o índice de desconhecimento por parte das adolescentes sobre a vida amorosa, sexo activo e suas consequências é abismal a julgar pelos elevados números de gravidezes precoce na província.
A directora do Centro Materno Infantil de Saurimo, Antónia Domingas, disse que a prática de sexo precoce também é um grande perigo para saúde da mulher, porquanto acabam infectando-se com doenças como o VIH/sida, hepatite B e as infecções de transmissão sexual (Its).
Sem revelar dados comparativos, a responsável do Centro Materno Infantil de Saurimo disse que de Janeiro a presente data registou 1.496 gravidez precoce em adolescente, numa média semanal de 30 casos. (Angop)