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    Cuidados de saúde registam melhorias

    José Van-Dúnem traçou um quadro optimista do sector da Saúde no país

    O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, disse ontem, em Luanda, que o Executivo está a tomar todas as medidas para melhorar os cuidados primários de saúde. O titular considerou que, com a disponibilização de 200 milhões de kwanzas para as administrações municipais, vai estar garantida uma maior e melhor oferta dos serviços integrados de saúde aos cidadãos.
    “O Executivo disponibilizou directamente às administrações municipais 200 milhões de kwanzas, para melhorar a oferta dos serviços de saúde com qualidade e para a promoção e prevenção das doenças que mais afectam a população”, disse.
    José Van-Dúnem falava na abertura do Primeiro Congresso sobre Ciências da Saúde, no Centro de Convenções Talatona, sob o tema “Formação Permanente Rumo à Qualidade no Atendimento”, organizado pela Clínica Multiperfil. O evento termina hoje.
    “Por orientação do Presidente da República, felicitamos a Clínica Multiperfil pela organização deste congresso, que evidencia uma aposta na mudança e na modernização, com dedicação louvável e engajamento activo no processo de reestruturação do Sistema Nacional de Saúde em curso no país”, acrescentou.
    José Van-Dúnem considerou que a cooperação internacional entre médicos deve ser cada vez mais estimulada, porque “infelizmente, as doenças não conhecem nem respeitam fronteiras”.

    Para o ministro da Saúde, os cursos do pré-congresso, realizados desde segunda-feira, dão um grande contributo para a melhoria do sector da Saúde em Angola.
    “O congresso oferece oportunidade de se reflectir sobre os desafios que se colocam à Saúde em Angola, particularizando a educação médica, a ética, as doenças transmissíveis e não transmissíveis e a gestão financeira.”
    O titular do Ministério da Saúde recordou que a formação permanente em Angola está sustentada numa série de instrumentos jurídicos, com destaque para a Lei de base do Sistema Nacional da Saúde, a política nacional de saúde, o estatuto orgânico do Ministério da Saúde e o regime jurídico de organização e funcionamento do poder local.
    “O Ministério da Saúde considera que o exercício da prestação de cuidados da saúde determina um nível de responsabilização máxima e exige conhecimentos vastos e em constante actualização”, sublinhou o ministro.
    José Van-Dúnem considerou que as ciências da saúde têm sido capazes de aumentar a esperança de vida e permitido que as pessoas vivam mais anos com qualidade.

    Indicadores do país

    O ministro José Van-Dúnem referiu que os indicadores da saúde em Angola, publicados em 2010 pelo Instituto Nacional de Estatística e em 2011 pela Organização Mundial da Saúde, demonstram que o país está no bom caminho.
    Ressaltou que a esperança média de vida passou de 48 para 52 anos e a mortalidade infantil passou de 150 mortes para 116 em mil nascimentos.
    O ministro deu a conhecer que se registaram também melhorias no estado de saúde das grávidas, com o aumento da cobertura das consultas pré-natal, a prevenção de doenças pela vacinação e a redução ou estabilização da incidência, prevalência e mortalidade por doenças endémicas, em particular o VIH/Sida. “Houve progressos notáveis no desenvolvimento de políticas de formação e de gestão dos recursos humanos do sector, incluindo métodos que possam assegurar a melhoria de trabalho, a fixação dos quadros a nível local, o acesso à pós-graduação, especialização e desenvolvimento profissional na carreira”, disse.
    O responsável do pelouro da Saúde afirmou que o serviço nacional de saúde dispõe, actualmente, de dez médicos para dez mil habitantes.  Avançou que “para aumentar a oferta e a qualidade dos serviços às populações, foram criadas 13 escolas de formação técnica de saúde.”
    O ministro reconheceu que ainda há muito por ser feito para melhorar o Sistema Nacional de Saúde.
    “Não devemos esquecer que estes serviços garantem aos cidadãos confiança, direitos e valores consolidados, para que a nossa sociedade se possa orgulhar. Hoje o nosso principal objectivo é fazer um trabalho diferente para obtermos ganhos, porque a saúde é um investimento que beneficia toda a sociedade”, considerou.
    José Van-Dúnem disse que o mapa sanitário nacional, desenvolvido de 2006 a 2010, cadastrou 2.356 unidades sanitárias, estando 1.834 em funcionamento.
    “As carências continuam grandes. Os maiores constrangimentos que precisam de ser superados nos serviços de saúde são: os surtos recorrentes de cólera, a raiva, a meningite, a diabetes, o cancro, o sarampo, a violência e os desastres naturais e os acidentes rodoviários”, afirmou o ministro.

    EDIVALDO CRISTÓVÃO

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: KINDALA MANUEL

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