A distribuição gratuita de mosquiteiros impregnados com insecticida, a luta anti-vectorial com fumigação extra-domiciliar e sensibilização dos cidadãos para o reforço da saneamento básico nas zonas residenciais, destacam-se no programa de combate à malária traçado pelo Governo provincial do Cuanza Norte.
Dados oficiais das autoridades locais indicam que durante o primeiro trimestre do ano em curso forma registados 74 óbitos, num total de 62 mil 932 casos confirmados.
Comparativamente a igual período anterior, as autoridades sanitárias do Cuanza Norte constataram um aumento de 24 mortes e de mais 17 mil 287 casos da doença.
De acordo com o chefe de departamento provincial de saúde pública, Cruz Manuel, que avançou os dados à Angop, os municípios de Cazengo (sede provincial) e Cambambe, com 41 e 22 óbitos, respectivamente, foram os mais endémicos no período em análise.
Cruz Manuel apontou que o aumento do volume das chuvas como a principal causa dos focos de reprodução de mosquitos, considerando a província do Cuanza Norte como uma região híper-endêmica à malária em decorrência do seu clima tropical e marcado por zonas cobertas de vegetação densa favoráveis a reprodução dos mosquitos.
O Cuanza Norte é uma província situada no estremo Oeste de Angola e a 190 quilómetros de Luanda (capital do país). Dotada de um clima tropical húmido, é caracterizada como sendo super-endémica à malária, doença apontada como principal causa de mortalidade materno-infantil nos 10 municípios da província.