Trezentos e 43 residências ficaram destruídas, deixando sete mil e 403 pessoas desalojadas, em consequência das chuvas que se abateram, no período entre Janeiro de 2015 à primeira quinzena de Fevereiro de 2016, sobre a província do Cuanza Norte.
A informação foi prestada sexta-feira, pelo comandante provincial do Cuanza Norte dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, sub-comissário bombeiro João António Cassua, durante a reunião da Comissão Provincial de Protecção Civil dedicada a avaliação das consequências das enxurradas.
De acordo com o responsável, além de provocar o aumento dos caudais dos rios Kwanza, Lucala, Capacala, Mucoso, Muembeji, Camungo e Catende, as chuvas destruíram os tectos de 311 residências e inundações 806 outras.
Uma igreja, um hospital, bombas de combustível, armazém, escola, cemitério, centro de captação e tratamento de água e duas pontes constam entre as infraestruturas afectadas pelas enxurradas que provocaram um morto e três feridos, disse o responsável.
De acordo com o mesmo, sete mil e 403 pessoas necessitam de serem realojadas e de apoio.
João Cassua sublinhou ainda que as chuvas intensas que se registam na província constituem igualmente uma ameaça às próximas colheitas, em consequência da inundação das lavras, facto que têm dificultado o trabalho dos camponeses.
Disse que mil 507 lavras foram destruídas, sendo mil e 70 por inundações, no município de Cambambe, e 322 outras por elefantes, nos municípios de Golungo Alto e Ngonguembo.
Face a situação as autoridades estão a garantir assistência aos sinistrados, com a entrega de chapas de zinco e bens alimentares.
O responsável garantiu que a Comissão de Protecção Civil tem elaborado políticas de socorro e apoio social, com destaque para as medidas de reforço do saneamento básico, mapeamento de zonas de risco, entre outras.
Com 10 municípios e 32 comunas, a província do Cuanza Norteprovíncia é habitada por 427 mil e 971 pessoas.
O encontro foi orientado pelo vice-governador provincial para a área política e social e coordenador executivo da Comissão provincial de Protecção Civil do Cuanza Norte, José Alberto Quipungo. (ANGOP)