Luanda – A Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP) reúne, sexta-feira e sábado, em Lisboa, o seu Conselho de Ministros, para analisar a situação prevalecente na Guiné-Bissau, revelou hoje o ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoty.
Em entrevista exclusiva à Angop, no final da noite desta quinta-feira, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, antes de deixar o país, o chefe da diplomacia angolana reconheceu que a “situação, neste momento, não é das melhores”, pois não se sabe realmente o que se está a passar.
Pelo facto, o Conselho de Ministros da CPLP, organização a que a Guiné também pertence, vai discutir, entre outras questões, a situação neste país, e “Angola como presidente deve sem dúvida, animar o debate para ver que medidas pudemos encontrar para ajudar o povo guineense”, frisou.
De acordo com o ministro, a Guiné-Bissau vive presentemente uma situação anticonstitucional, um problema que a Comunidade Internacional e particularmente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Africana têm que condenar com a devida energia.
A Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau, denominada “Missang” foi formalmente lançada neste país a 21 de Março de 2011, numa cerimónia presidida pelo já falecido Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, na presença do ministro angolano da Defesa, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem, em resultado de um acordo de cooperação técnico-militar.
Na altura, o acto ficou marcado pela apresentação do efectivo composto por cerca de 200 elementos de diferentes especialidades, que foram suporte e apoio à reforma do sector de Defesa e Segurança das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
A República de Angola, que desde 2010 preside a CPLP, contribuiu com 30 milhões de dólares para apoiar a reforma dos órgãos de defesa e segurança, bem como desencadeou outras acções, tais como apoio à modernização dos órgãos de Comunicação Social e formação de jornalistas guineenses, que têm a tarefa de sensibilizar os militares e a sociedade civil sobre a importância da referida reforma.
Fonte: Angop