O Comité para a Proteção dos Jornalistas, organização internacional com sede em Nova Iorque, apela as autoridades de Moçambique a investigarem exaustivamente o assassinato do jornalista João Chamusse à porta da sua casa, na quinta-feira, 14, no distrito de KaTembe, em Maputo.
Na nota assinada por Muthoki Mumo, representante do CPJ na África Subsaariana, em Nairobi, a organização de defesa dos jornalistas diz “estar profundamente perturbada com o assassinato do proeminente jornalista moçambicano João Chamusse” e afirma que “autoridades moçambicanas devem investigar com urgência e credibilidade o assassinato de Chamusse e o seu motivo, e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados”.
Como a Voz da América noticiou ontem, Chamusse, coproprietário e editor do jornal diário online privado Ponto por Ponto, foi encontrado morto por vizinhos que o ouviram gritar por socorro durante a noite.
Ainda segundo o CPJ, que cita a coproprietária do Ponto por Ponto, Esmeralda Amaral, o jornalista teve um ferimento na cabeça e no local foram encontrados uma faca e uma enxada para jardinagem.
A secção moçambicana do Instituto de Midia para África Austral (MISA), também condenou o assassinato.
José Chamusse foi também cofundador do semanário Canal de Moçambique e trabalhou como repórter no jornal Metical, editado pelo jornalista Carlos Cardoso, assassinado em 2000.
As autoridades ainda não se pronunciaram, apesar dos esforços de vários meios de comunicação nesse sentido.