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    Covid-19: Hospital de Campanha da Lunda-Norte apresenta problemas técnicos

    Entregue oficialmente no dia 28 de Agosto do ano passado, o Hospital de Campanha para o tratamento de casos de Covid-19 na Lunda-Norte já apresenta problemas de tubagem e vazamento de água nas casas de banho por falta de recursos financeiros para a manutenção, revelou recentemente, no Dundo o director-geral da unidade sanitária, Aníbal dos Prazeres Júlio.

    Ao intervir durante a XXI reunião da Comissão Provincial Multissectorial de Resposta à Pandemia da Covid-19, o responsável alertou que o vazamento de substâncias fecais é um autêntico atentado à saúde dos pacientes e dos profissionais que ali trabalham.

    Além da falta de recursos financeiros, acrescentou, o hospital carece de uma viatura e motorizada para os serviços gerais, balneário para os profissionais, meios informáticos e respectivos consumíveis.

    “Apesar de contar com energia eléctrica, a unidade sanitária não tem iluminação pública”, lamentou, defendendo a atribuição urgente de um orçamento para a melhoria das condições de trabalho.

    Durante a reunião, orientada pelo governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, que também coordena a Comissão Provincial de Resposta à Pandemia, Aníbal dos Prazeres Júlio disse que, até 29 de Outubro do ano passado, o hospital havia recebido um total de 31 pacientes e registado um óbito.

    Com 200 camas disponíveis, o Hospital de Campanha da Lunda-Norte tem apenas quatro doentes de Covid-19 internados, numa altura em que a província tem um cumulativo de 221 casos confirmados, dos quais 153 activos, 65 recuperados e três óbitos.

    A unidade sanitária, montada numa área de quatro mil metros, nas imediações da centralidade do Mussungue, tem 20 enfermarias para casos moderados, leves, graves e críticos. Em termos de equipamentos, o Hospital de Campanha possui 20 monitores, 15 ventiladores e dez concentradores de oxigênio.

    Garantia do Executivo

    Em resposta às preocupações apresentadas pelo diretor-geral do Hospital de Campanha, a vice-governadora para o sector Político, Social e Económico, Deolinda Vilarinho, lembrou que, em Novembro do ano transacto, por ocasião da inauguração do Centro de Diagnóstico Laboratorial de Biologia Molecular do Dundo, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, havia garantido que o orçamento do Hospital de Campanha seria tratado a nível central.

    Segundo a vice-governadora, trata-se de uma verba que será disponibilizada a partir deste ano pela Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19.

    “O Governo da Lunda-Norte não tem capacidade financeira para suportar o Hospital de Campanha”, admitiu Deolinda Vilarinho. Relativamente ao orçamento do Centro de Diagnóstico Laboratorial de Biologia Molecular do Dundo, a vice-governadora disse que este deve ser auto-sustentável por via dos recursos arrecadados com o processo de testagem.

    Quanto ao vazamento de água no Hospital de Campanha, Deolinda Vilarinho assegurou que a situação já foi comunicada a Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, que prometeu enviar técnicos, a partir de Luanda, para a resolução do problema.

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