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    Covid-19: Afinal os multimilionários também têm alma – Dezenas de super-ricos querem dar exemplo aos que muito têm e nada fazem – Exigem mais impostos sobre as suas fortunas

    São 83 homens e mulheres que se distinguem de quase toda a restante humanidade porque têm muito dinheiro, mesmo muito dinheiro, são multimilionários e perceberam que de pouco lhes vale serem donos de fortunas fabulosas quando tudo arde à sua volta e querem colocar parte dos seus milhões ao serviço da luta contra a mais severa crise económica, gerada pela Covid-19, a que o mundo assiste desde o crash bolsista de 1929, nos Estados Unidos.

    Para evitar que as suas fortunas gigantescas e os seus bens, carros, aviões, mansões, fábricas, investimentos sejam pontos brilhantes no meio de destroços e cinzas da crise que o planeta atravessa no rasto da pandemia do novo coronavírus, estes 83 super-ricos escreveram uma carta onde tornam público que querem que os governos dos seus países lhes cobrem mais impostos, para que esse dinheiro extra sirva para fortalecer os apoios a quem está a esbracejar para se manter à tona desde mar de dificuldades pandémicas.

    Chamam-se a si mesmos “Milionários com humanidade” e entre estes estão Abigail Disney, herdeira do fazedor de sonhos da Humanidade, Walt Disney, Jerry Greeneld, que foi fundador da multinacional norte-americana dos gelados e outras doçarias refrescantes, a Ben and Jerry’s, ou ainda o director do gigantesco hedgefund, BlackRock Inc.,Morris Pearl, ou Djaar Shalchi, um empreendedor iraniano…

    E querem que os seus governos, escrevem na missiva , “aumentem os impostos para pessoas muito ricas, imediatamente, permanentemente e substancialmente”, porque, apesar de não andarem a distribuir comida de porta em porta, têm muito dinheiro, “montes de dinheiro”, que é o que aqueles que estão na linha da frente do combate à pandemia mais carece, neste momento.

    Escrita e publicada para coincidir com o encontro do G20 marcado para este m-de-semana, esta carta é destinada em especial aos governos de países que mais acarinham os ricos, como os EUA, onde os impostos sobre as grandes fortunas têm descido substancialmente nos últimos anos, e não é a primeira vez que multimilionários se fazem à estrada para largarem mãos de alguns dos seus milhões para ajudar, porque, antes, os denominados “Milionários patriotas”, cerca de 200, alguns deles integrado os dois grupos filantrópicos, tinham feito igual exigência.

    Regressando à sua carta, os “Milionários com humanidade” lembram que milhões de pessoas estão já na pobreza e muitos mais milhões podem acabar em semelhantes dificuldades, sem cuidados de saúde nem trabalho.

    “A caridade não é solução” Estes milionários sabem que “a caridade não é solução”, mesmo que muitos optem por isso para sossegarem os seus espíritos face ao crescendo de dificuldades de milhões de pessoas em todo o mundo, defendendo antes que devem ser os governos a ter os meios financeiros para levar a cabo políticas sociais que respondam aos anseios dos seus povos.

    “Os lideres dos governos devem assumir a responsabilidade para recolherem os fundos necessários e gastá-los de forma justa”, atiram nesta carta os 83 super-ricos com alma, admitindo neste curioso documento que eles mesmos têm “uma dívida enorme para com as pessoas que trabalham na linha da frente desta batalha global” que são, quase sempre, “muito mal pagos” pelo seu esforço.

    Esta pandemia da Covid-19, ao contrário das doenças pandémicas até aqui conhecidas, não aparenta reconhecer fronteiras sociais, atacando, inclusive, dezenas de lideres de governos em todo o mundo, devido à sua fácil transmissibilidade, o que levou muitos destes milionários a buscarem protecção em paraísos longínquos, como o Novo Jornal também noticiou, nomeadamente na Nova Zelândia, país localizado no Pacífico Sul, conhecido por ser uma das geografias mais recônditas sob a perspectiva de um cidadão europeu ou norte-americano, por exemplo.

    E esta carta é muito clara nos seus objectivos, porque logo no início da prosa, os 83 ricos conscientes dizem que, com o evoluir da pandemia, os mais ricos vêm crescer as suas responsabilidades em todo o mundo, naquilo que é um claro recado para os países de maior desigualdade, onde os muito ricos, por norma, se distanciam dos problemas sociais dos seus países, mesmo que as suas fortunas resultem de actividades ilícitas

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