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    Costa foi ao “Governo Sombra” e admitiu que o crescimento em Portugal “é poucochinho”

    “Claro que queríamos mais”, disse o primeiro-ministro

    O primeiro-ministro admitiu que o crescimento económico em Portugal “é poucochinho”, num programa humorístico da TVI24, e concordou com a comparação entre os acordos com BE, PCP e PEV e “casamentos modernos”, “cada um na sua casa”.

    O líder socialista, António Costa, participou no “Governo Sombra”, transmitido entre sexta-feira e sábado e moderado pelo jornalista Carlos Vaz Marques, ao lado do cómico e colunista Ricardo Araújo Pereira, do escritor e assessor para a cultura do Presidente da República, Pedro Mexia, e do comentador político João Miguel Tavares.

    “Não é preciso ser Natal [para admitir]. É evidente que todos gostávamos de crescer mais. Não gostava? Eu gostava. É poucochinho, claro que é, como é evidente, claro que queríamos mais”, assentiu, instado por Tavares a reconhecer que as previsões do executivo ficaram aquém do esperado, tal como tem vindo a defender a oposição PSD/CDS-PP.

    Costa, respondendo a Tavares, afirmou que, “se olhar para o contexto global [desemprego, aumento de rendimentos]”, os dados são positivos.

    “Quanto à dívida pública, para o ano, quando me convidar, já engole essa (…) para o ano já vai ser menor”, assegurou.

    Desafiado por Vaz Marques e Mexia sobre a denominada “geringonça” e a possibilidade de vir a beneficiar de uma maioria absoluta, o chefe do executivo do PS sublinhou que “o sucesso deste Governo depende precisamente da existência dos parceiros” e que poderá “ser mais reformista”, recusando que os líderes bloquista e comunista sejam “o verdadeiro governo sombra”.

    “Isto é uma solução que não é uma coligação tradicional. Nas tradicionais, os partidos fingem que estão todos de acordo. Nesta solução, cada partido assume as suas diferenças e até, alguns, disfarçam algumas vezes as concordâncias. É ao contrário do habitual, mais original, mas funciona”, disse, acrescentando: “E quem sabe se durará mais que outros casamentos”.

    João Miguel Tavares tinha sugerido que as posições conjuntas assinadas entre PS, BE, PCP e PEV são “como aqueles casamentos modernos, em que cada um vive na sua casa e só se juntam nas ocasiões felizes”.

    Sobre o processo criminal que impende sobre o antigo secretário-geral socialista e também antigo primeiro-ministro José Sócrates, por alegadas práticas de corrupção, Costa, ex-ministro da Justiça, desejou que, “quando há alguma suspeita sobre alguém, essa suspeita seja esclarecida”, com o visado a ter direito a dar a sua versão “da verdade” em contraponto a outras.

    Ricardo Araújo Pereira equiparou as respostas do primeiro-ministro às réplicas “galvanizadoras e de compaixão para com os adversários” de uma “misse Universo”, nomeadamente face ao ex-primeiro-ministro e presidente do PSD, Passos Coelho, gerando gargalhadas entre todos os participantes.

    Entre outros assuntos internacionais, confrontado com uma hipotética escolha, nas eleições presidenciais francesas e numa previsível segunda volta, entre o candidato da direita moderada e da extrema-direita francesas, respetivamente François Fillon e Marine Le Pen, o primeiro-ministro não hesitou – “Fillon”, reconhecendo o falhanço no mandato do membro da sua família política, François Hollande. (DN)

    por Lusa

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