Segunda-feira, Maio 6, 2024
14.8 C
Lisboa
More

    Cooperação Angola, Portugal e UE debatida em Lisboa

    Universidade Lusíada de Angola participa em Conferência.

    Legenda da Esquerda para a direita: António Luvualu de Carvalho (Universidade Lusíada de Angola) , Luís Castelo Branco (Gabinete do Secretário de Estado da Cooperação de Portugal), Keitumetse Matthews (Embaixadora da África do Sul em Portugal), José Marcos Barrica (Embaixador de Angola em Portugal), Diamantino Gomes Freitas Durão (Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa), Brigadeiro Manuel Correia de Barros (Centro de Estudos Estratégicos de Angola) e José Francisco Pavia (Director do CLIPIS).  (DR)
    Legenda da Esquerda para a direita: António Luvualu de Carvalho (Universidade Lusíada de Angola) , Luís Castelo Branco (Gabinete do Secretário de Estado da Cooperação de Portugal), Keitumetse Matthews (Embaixadora da África do Sul em Portugal), José Marcos Barrica (Embaixador de Angola em Portugal), Diamantino Gomes Freitas Durão (Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa), Brigadeiro Manuel Correia de Barros (Centro de Estudos Estratégicos de Angola) e José Francisco Pavia (Director do CLIPIS). (DR)

    O Centro Lusíada de Investigação em Política Internacional e Segurança da Universidade Lusíada de Lisboa CLIPIS em colaboração com o International Policy and Leadership Institute IPLI de França organizaram no dia 21 de Março deste ano uma Conferência Internacional na Universidade Lusíada de Lisboa subordinada ao tema Angola, Portugal e a União Europeia Relações Actuais e Potenciais Implicações Futuras.

    Para esta grande Conferência Internacional, os organizadores convidaram figuras de realce tanto africanas como europeias. De Angola participaram como prelectores António Sebastião Martins ex. Ministro do Interior, o Brigadeiro Manuel Correia de Barros Vice-presidente Executivo do Centro de Estudos Estratégicos de Angola e o Professor Universitário e Analista Politico António Luvualu de Carvalho. Do lado europeu participaram o Embaixador António Martins da Cruz ex. Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal e que actualmente entre outras funções que exerce também é um Senior Advisor do IPLI, o Professor Doutor José Lamego ex. Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal e actualmente Professor na Universidade Nova de Lisboa e o Dr. José Tavares Moreira ex. Governador do Banco de Portugal e Actual Presidente do Conselho de Administração do Banco BAI Europa Banco Angolano de Investimentos.

    A Conferência Internacional que teve como moderador o Professor Doutor José Francisco Pavia Director do CLIPIS e Professor das Universidades Lusíada de Lisboa e do Porto foi prestigiada pela presença do corpo directivo da Fundação Minerva que Administra as Universidades Lusíada em Portugal, do Magnifico Reitor da Universidade e dos vários Directores da mesma sendo que os alunos dos mais variados cursos não deixaram de comparecer para prestigiar este evento único. Como convidados, estiveram presentes altos dirigentes de vários gabinetes ministeriais do Executivo português, vários Embaixadores acreditados na República Portuguesa com particular destaque para o Embaixador de Angola José Marcos Barrica que foi acompanhado entre outros membros da Embaixada de Angola em Portugal pelo Adido Cultural Luandino de Carvalho e por outros altos membros da representação diplomática angolana na terra de Camões.

    Estiveram presentes também estudantes de várias Universidades francesas convidados pelo IPLI que foram muito interventivos em querer saber o que realmente se passa em Angola em termos de perspectivas de negócios. Neste aspecto particular, o evento também serviu para promover várias possíveis áreas de investimento em Angola pois os representantes da Embaixada dos Estados Unidos da América presentes no local e os empresários que os acompanhavam saíram muito satisfeitos pelo que ouviram e chegaram mesmo a trocar contactos com os conferencistas angolanos solicitando uma publicitação das suas áreas de intervenção em Angola para que seja mais fácil a sua colaboração com futuros parceiros angolanos.

    Dos países africanos presentes, destacam-se a África do Sul e a Nigéria representados ao mais alto nível pelas suas Embaixadoras que fizeram questão de expressar o seu contentamento pelo nível de crescimento registado em Angola nestes doze anos de paz.
    Entre os vários assuntos debatidos, os pontos convergentes foram de que a Paz é um bem único para os angolanos e só com ela é que realmente conseguirão manter a tendência de crescimento económico que posteriormente levará o país a encontrar o caminho do desenvolvimento. Foi enaltecido o papel de Angola que através do Presidente José Eduardo dos Santos encontrou um caminho para a paz e a reconciliação nacional enterrando os ódios juntamente com o machado de guerra. Angola é hoje o principal Peacemaker e Peacekeeper da região Centro-Austral do continente africano e as suas contribuições para a paz na RDC, Congo Brazzaville, RCA, Guiné-Bissau,

    Costa do Marfim, Madagáscar, Sudão do Sul, São Tomé e Príncipe entre outros conflitos como a defesa da causa da Frente Polisário no Saara Ocidental levam com que hoje o Palácio da Cidade Alta e a cidade de Luanda concretamente se tenham transformado em uma Placa giratória para a resolução de vários conflitos quer com intervenção directa de Angola como pacificador como conselheiro frisou António Luvualu de Carvalho.

    O mesmo docente destacou também o grande crescimento económico de Angola e os vários programas para a diversificação da economia evitando-se assim uma única dependência no petróleo. O académico abordou também com profundidade as questões inerentes a Nova Pauta Aduaneira que tem como objectivo central a promoção do crescimento da indústria nacional gerando-se assim muitos mais postos de emprego directos e indirectos. Na Conferência Internacional de Lisboa, os conferencistas angolanos lançaram os possíveis factores de desafio para a Presidência de Angola no Conselho de Segurança da ONU como Membro não Permanente para o biénio 2015-2016. Foi também analisada a cooperação UE-África numa altura em que já se projectava a Cimeira de Bruxelas na primeira semana de Abril deste ano. Do encontro saíram algumas questões tais como: Será Portugal a porta de entrada dos angolanos na Europa? Será Angola a porta de entrada dos portugueses em África? São questões para todos nós reflectirmos e chegarmos a conclusões várias que nos permitam um amplo debate no sentido de se mudar o paradigma da dependência africana a ajuda externa europeia que em muitos casos vem com uma “mão invisível” que apenas está preocupara em receber o seu dinheiro de volta ou as matérias-primas para equilibrar a sua economia. Os conferencistas europeus também destacaram o crescimento de Angola nos doze anos de paz e destacaram que deve ser incrementada a cooperação entre

    Angola e a UE em vários aspectos e sectores até porque há aberturas para tal. Aguarda-se agora pela realização da IIº Conferência que pelo que tudo indica decorrerá entre Junho e Julho na Universidade Lusíada de Luanda.

    António Luvualu de Carvalho

    Publicidade

    spot_img

    7 COMENTÁRIOS

    1. Essa de que Angola é o principal Peacekeeper e Peacemaker pegou. Gosto de ver o jovem Luvualo a falar..É assim que deve ser, os nossos académicos a produzirem ciência.

      • Será que Portugal será mesmo a porta de entrada de Angola? Acho que da maneira que estão a ser tratados cá um dia poderão mudar de “porta de entrada”…Sei que muitos países dos 28 teriam o maior prazer em receber os angolanos…

      • Vai me desculpar sr. Caldas, sem querer ser impertinente, quem passa os vistos é o Consulado e aqui em Lisboa contrariamente a Embaixada de Portugal em Angola, o Consulado está separado da Embaixada evitando-se assim confusões.
        Quanto a morosidade, mande alguém ir a Luanda a ver como é que é para se conseguir um visto pra cá. É tudo uma questão de perspectivas.

      • Boa maneira de debaterem e desenvolverem o que os políticos não conseguem de uma maneira ou de outra. A academia é isso. Bom saber que jovens académicos angolanos participam no opinion making na Europa dando assim uma visão mais “inn” da questão..

    2. Bom momento de reflexão. Nota-se claramente que a Universidade Lusíada de Angola tem sido dinamizadora de várias actividades sobre Angola em Portugal.
      É também importante ver que o Embaixador de Angola (que tinha a fama de não aparecer em actos académicos em Portugal) já vai aparecendo e o debate se vai solidificar.

      • Acredito que os dois lados vão ganhar com a cooperação. Acho que a imprensa que ataca os interesses angolanos cá deve mudar de modos operandi. Agindo assim só condicionam os mais de 400 mil portugueses que estão em Angola e os vários negócios que estão por cá..

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    00:00:36

    Mais de 1,6 milhões de pessoas assistiram ao concerto de Madonna no Rio de Janeiro

    O último concerto da Celebration Tour terminou com um recorde para a Rainha do Pop. Mais de 1,6 milhões...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema