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    Confirmada extradição do ex-PCA da TCUL

    O procurador-geral da Republica, Hélder Pitta Groz, confirmou, ontem, em Luanda, que as autoridades angolanas estão a tratar da extradição, a partir de Portugal, do ex-presidente do Conselho de Administração da TCUL.

    Abel Cosme foi arguido no processo que levou à condenação do ex-ministro dos Transportes, Augusto Tomás, naquele que ficou conhecido como o “Caso CNC”. Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), Hélder Pitta Groz confirmou, igualmente, que Abel Cosme está detido em Portugal e deverá ser repatriado, na sequência dos processos de extradição entre os dois países.

    “Ele esta já preso (desde quinta-feira da semana passada), em Portugal, na sequência de um mandado de captura que solicitamos à Interpol, que só conseguiu executá-la agora. Neste momento, estamos a tratar de todo o processo necessário para a sua extradição, no sentido de, no processo que existe, podermos trabalhar com isso”, esclareceu.

    Abel Cosme era prófugo no julgamento do “Caso CNC (Conselho Nacional de Carregadores)”, no qual deveria ser ouvido por envolvimento em supostos desvios de fundos, enquanto director-geral da Unicargas. Aquando do julgamento, o declarante José Manuel Rasak revelou, em tribunal, que o CNC e a Unicargas financiaram a criação da empresa de transportes Afritaxi, tendo Abel Cosme sido um dos responsáveis pela criação da Rent Angola para gerir a frota de Benguela. Caso Ivo São Vicente

    O procurador-geral da República confirmou, igualmente, o envio, a Portugal, de cartas rogatórias para interrogar Ivo São Vicente, constituído arguido no processo relacionado com o empresário e seu pai, Carlos de São Vicente.

    “Ele (Ivo São Vicente) não esta cá, está fora do país! Portanto, foram elaboradas cartas rogatórias, para que seja interrogado lá. Estamos à espera que a tramitação necessária se realize”, disse Hélder Pitta Groz.

    A família de Carlos São Vicente tem algumas contas congeladas pela Justiça, apesar do recurso que interpôs, no ano passado, para ser levantada a medida. Segundo o despacho que determinou a prisão preventiva do empresário Carlos São Vicente, este teria “um esquema ilegal” que lesou a Sonangol em mais de 900 milhões de dólares.

    O empresário angolano desempenhou, entre 2000 a 2016, em simultâneo, as funções de director de gestão de riscos da Sonangol e de presidente do conselho de administração da companhia AAA Seguros, sociedade na qual a petrolífera angolana foi, inicialmente, a única accionista.

    Carlos de São Vicente é acusado de ter, à época, “um esquema de apropriação ilegal de participações sociais” da seguradora e de “rendimento e lucros produzidos pelo sistema” de seguros e resseguros no sector petrolífero em Angola, graças ao monopólio da companhia.

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    FonteJA

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