Seis militares foram condenados e vinte e seis outros absolvidos pela justiça congolesa no caso das explosões de um depósito de munições do exército que causou várias centenas de mortos em 2012, em Brazzaville.
A 04 de Março de 2012, a explosão do paiol no bairro residencial de Mpila havia causado oficialmente pelo menos 300 mortos, mais de 2.300 feridos e 17 mil sem-abrigo dos quais alguns continuam a viver em condições difíceis.
O principal acusado, o cabo-chefe Kakom Kouack Blood, reconhecido culpado por ter posto fogo voluntariamente no depósito de munições no Campo dos blindados de Mpila, foi condenado segunda-feira à noite a quinze anos de trabalhos forçados pelo tribunal penal de Brazzaville.
O antigo secretário-geral adjunto do Conselho Nacional de Segurança, o coronel Marcel Tsourou, foi condenado a cinco anos de trabalhos forçados suspensos por cumplicidade pelo incêndio involuntário e detenção involuntária ilegal de armas de guerra.
O Coronel Germain Ikonga Akindou, antigo director-geral do equipamento das Forças Armadas Congolesas, foi condenado a cinco anos de prisão e uma multa de 120 milhões de francos CFA (182.938 euros) por desvio de fundos públicos destinados a construção de um paiol de munições do exército.
Três oficiais do exército foram condenados a dois anos de prisão e 200 mil FCFA (304 euros) de multa por homicídio e ferimentos involuntários.
O presidente do tribunal criminal, Mathurin Bayi, por sua vez, pronunciou-se sobre absolvição a favor dos 26 acusados, incluindo 19 militares e polícias.
Inicialmente, o julgamento era para 30 acusados, mas outros dois militares foram excluídos durante o julgamento, eles apareceram como testemunhas e foram acusados com base no seu depoimento. Eles foram presos e julgados e estão entre os absolvidos. (portalangop.co.ao)
