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    Comerciantes ocultam data de validade de produtos expirados com vinhetas

    A Associação de Defesa do Consumidor (Adecor) denunciou hoje, em Luanda, a existência de comerciantes e fornecedores que vendem produtos expirados ocultando a data de validade com vinhetas em forma de um selo.

    Numa entrevista à Angop, o secretário-geral da Adecor, Domingos Caminha, que exibiu amostras de alguns bens nestas condições, entre medicamentos, desodorizantes e refrigerantes, disse que esses vícios foram detectados durante as visitas de campo efectuadas pela organização.

    Informou também que receberam reclamações assim como constataram a venda de refrigerantes com elementos estanhos e nocivos à saúde humana no interior da embalagem (recipiente).

    Em função dessa realidade, o líder associativo defende o aumento das campanhas de sensibilização, informação e educação dos consumidores, a fim de ficarem mais atentos ao que adquirem e a serem mais exigentes na relação de consumo.

    Neste âmbito, disse que a Adecor vai aumentar, este ano, a sua acção de sensibilização e educação dos cidadãos em materiais ligados ao consumidor.

    “ Em 2016 vamos ter que trabalhar mais no quadro da educação. Não podemos só nos cingir na sensibilização ou consciencialização, temos que educar e é um processo que tem princípio meio e fim”, sublinhou o interlocutor.

    A educação em matérias de consumo, prosseguiu a fonte, é um direito do consumidor e precisa-se do apoio das instituições ligadas a este sector e também da comunicação social para divulgar.

    Tendo em conta a necessidade premente da educação do consumidor, Domingas Caminha sugeriu a introdução no sistema de ensino de conteúdos sobre a relação de consumo.

    Disse acreditar também que pelo menos 30 porcento da população angolana já está mais informada em relação às matérias de defesa do consumidor.

    “ Fizemos um estudo, que envolveu a maioria das províncias do país, e nos permitiu aferir essa realidade”, disse o entrevistado da Angop.

    Por outro lado, o secretário-geral da Adecor questionou o facto de o país continuar a receber bens com rótulo em língua estrangeira, violando a lei de defesa do consumidor.

    “Quando recebemos produtos em língua estrangeira é como comprar gato por lebre porque se não consegue descodificar a mensagem do produto”, disse, salientando que a Lei de Defesa do Consumidor estipula que os produtos devem trazer rótulos em português.

    A Adecor é uma associação de âmbito nacional, sediada em Luanda, e tem como missão principal a defesa dos interesses do público em geral na óptica da qualidade dos produtos e serviços expostos para o consumo e utilização no mercado nacional.

    A associação foi criada em 1996, constituindo-se a primeira neste ramo. Actualmente, o país conta com pelo menos três a quatro associações de defesa do consumidor. (ANGOP)

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