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    Ciberataques às empresas vieram para ficar e Angola tem de saber proteger-se

    Metade das empresas no País sofreu ataques informáticos no ano passado, revela a 22.ª edição do EY Global Information Security Survey (GISS), da EY. E os ataques estão, entretanto, longe de terminar ou de serem menos intensos, prevê o estudo para o presente ano.

    O GISS sondou líderes de 1.300 organizações de vários países, incluindo Angola. Apesar do crescimento generalizado de ciberataques, apenas um terço das organizações no País afirma que a função de Cibersegurança é envolvida nas fases de planeamento de uma nova iniciativa de negócio.

    O GISS Angola revela que quase 50% das organizações em Angola enfrentaram um número crescente de ataques disruptivos nos últimos 12 meses. Além do mais, no decorrer do último ano, activistas foram responsáveis por 16% dos ataques de cibersegurança bem-sucedidos – perdendo apenas para os agentes maliciosos internos (19%).

    De acordo com o associate partner da EY, Sergio Martins, prevê-se que nos próximos meses os grupos de ciber-activistas venham a aumentar os ataques em função da reacção das organizações à pandemia da COVID-19.

    Apesar do risco acrescido, apenas 33% das iniciativas de negócio suportadas por tecnologias responderam incluir as equipas de segurança desde o início dos projectos no País. “A cibersegurança, tradicionalmente, tem sido uma actividade dirigida para a conformidade, sendo executada recorrendo a abordagens de checklist, ao invés de ser incorporada de raiz nas iniciativas suportadas por tecnologias. Este não é um modelo sustentável”, alerta.

    O especialista em cibersegurança da EY acrescenta que, se querem antecipar-se à ameaça, as empresas terão de focar-se na criação de uma cultura de security by design, o que apenas pode ser concretizado se aquelas conseguirem superar a divisão que existe entre as funções de cibersegurança e as funções de negócio, permitindo que o Chief Information Security Officer (CISO) actue como consultor e facilitador em vez de ser um obstáculo estereotipado.

    De acordo com este estudo, “enquanto as equipas de cibersegurança das organizações angolanas geralmente mantêm boas relações com funções adjacentes, tais como IT, auditoria, risco e jurídica, existe uma desconexão latente com outras áreas de negócio”.

    Quase três quartos (71%) das empresas nacionais dizem que a relação entre a cibersegurança e o marketing é, no melhor dos casos, duvidosa, se não inexistente, enquanto 86% dizem que a relação é, na melhor das hipóteses neutra, quando não é duvidosa ou inexistente. Mais de dois terços (67%) dizem que o seu relacionamento com departamento financeiro, do qual dependem para autorização de orçamento, também é tenso.

    “À medida que as empresas passam por esta transformação, torna-se necessário construir relações de confiança transversalmente a todas as funções da organização, começando ao nível da gestão de topo, para que a cibersegurança seja instituída como um activador-chave de valor acrescentado”, aconselha.

    “A gestão de topo, as direcções, os CISO’s e os líderes da organização deverão colaborar para posicionar a cibersegurança no centro da transformação e inovação dos negócios”, afirma, sublinhando que esta colaboração é ainda mais critica neste tempo de pandemia, com a aceleração da digitalização das organizações e de novos modos de trabalho, nomeadamente o trabalho remoto, que trazem riscos acrescidos.

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