Uma linha de crédito de quatro mil milhões de kwanzas foi aberta por Espanha para o Centro de Logística e Distribuição (CLOD) entrar em funcionamento em Janeiro, com o processo de armazenamento e abastecimento de produtos alimentares para os mercados municipais e locais.
“Vamos estabelecer mecanismos para trabalhar com os fornecedores para que possamos ter sempre produtos nas naves. Pensamos também montar uma unidade de recepção, lavagem e calibragem dos produtos”, esclareceu ontem a ministra do Comércio, Rosa Pacavira, durante uma visita às instalações do CLOD.
Acompanhada do governador de Luanda, Bento Bento, e dos ministros da Energia e Águas, João Baptista Borges, das Pescas, Vitória de Barros Neto, Transportes, Augusto Tomás, e da Agricultura, Afonso Pedro Canga, a visita serviu para a ministra verificar o grau de execução das obras de construção do Centro, que possui quatro naves e uma dimensão de 258 hectares.
Rosa Pacavira disse que o projecto, iniciado em 2009 com a conclusão da primeira fase, se destina a requalificar a cidade de Luanda e organizar melhor os mercados existentes. “Os produtores vão poder levar até ao centro de logística de Luanda os seus produtos, onde têm espaço para armazenagem e comercialização nos grandes mercados e armazéns da cidade”, referiu.
A titular da pasta do Comércio realçou o facto de os produtores nacionais terem sérias dificuldades em comercializar os seus produtos agrícolas, razão pela qual o Executivo pretende apoiar a venda dos produtos cultivados localmente e estimular os empresários a investir no sector.
A ministra esclareceu que os empresários vão ser supervisionados pelo Ministério do Comércio e anunciou a abertura de Centros de Logística e Distribuição no Huambo e do Lobito, na província de Benguela.
Além do financiamento concedido pela Espanha, Rosa Pacavira anunciou a realização de acções conjuntas de cooperação, sobretudo troca de experiências entre empresários espanhóis e angolanos. O governador da província de Luanda, Bento Bento, afirmou que o arranque do CLOD garante a comercialização dos produtos cultivados no campo nos mercados existentes e a serem inaugurados. “A ideia é utilizar o mercado do Panguila e a zona sul de Luanda como espaços onde são abastecidos os produtos”, explicou.
Bento Bento informou que na próxima semana vão ser realizadas visitas aos mercados de Viana e Belas, para constatar a execução das obras de construção dos novos mercados, a cargo de empresas privadas. “O objectivo é acelerar as obras de construção dos novos mercados, enquanto decorre o cadastro dos vendedores”, explicou.
Mercados proibidos O governador de Luanda apontou o Largo da Maianga, nas imediações da farmácia da Maianga, zonas próximas do Aeroporto 4 de Fevereiro e a Avenida Revolução de Outubro como espaços proibidos para a comercialização de produtos. “O mercado do Campo, localizado no Cazenga, tem capacidade para 15 mil vendedores e só lá estão 500 comerciantes. Os vendedores devem comercializar os seus produtos nos locais autorizados pelo governo da província e não na rua”, alertou.
Fonte: JA