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    “Caso Cafunfo”: Julgamento de Zecamutchima entra para o segundo dia de julgamento à porta fechada

    O julgamento do líder do auto-proclamado “Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe”, José Domingos Mateus “Zecamutchima”, e de mais 22 co-arguidos, entrou esta segunda-feira no seu segundo dia, à porta fechada.

    Estes indivíduos estão acusados de crime de rebelião, ultraje ao Estado e aos símbolos nacionais e associação de malfeitores.

    Segundo apurou a Angop, a decisão do julgamento decorrer a porta fechada, visa garantir segurança e evitar que ocorra alguma situação que possa pôr em causa o seu andamento, por se tratar de um caso mediático e sensível.

    O Tribunal de Comarca do Chitato decidiu que a imprensa só terá acesso à sala de julgamento apenas nos dias das alegações finais e da leitura da sentença, sem, no entanto, avançar as datas.

    Na madrugada do dia 30 de Janeiro de 2021, cerca de 400 indivíduos pertencentes ao referido “movimento”, munidos de armas de fogo, flechas, engenhos explosivos de fabrico artesanal, forquilhas, objectos contundentes e estátuas de superstição, atacaram uma esquadra policial de Cafunfo, no município do Cuango, com o objectivo de ocuparem a mesma e procederem à aposição da sua bandeira.

    Segundo a acusação do Ministério Público, em Fevereiro de 2018, o arguido José Domingos Mateus “Zecamutchima”, nas vestes de presidente do referido “movimento” endereçou uma carta à Casa Civil do Presidente da República, a solicitar autorização para realizar manifestações nas províncias do Moxico, da Lunda Norte e da Lunda Sul, tendo sido orientado a dirigir tal pedido aos governos locais.

    Posteriormente, prossegue a acusação, “Zecamutchima” pediu à Administração Municipal do Cuango para que o “movimento” fosse autorizado a realizar uma marcha, no dia 30 de Janeiro de 2021, solicitação negada por aquela entidade, por força do Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, que interditava o ajuntamento de pessoas.

    Ante a recusa, na madrugada do dia 30 de Janeiro de 2021, acabaram por atacar a esquadra policial de Cafunfo, resultando em mortes e feridos.

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