(JA) Charenee Wade está desde ontem em Luanda para actuar em dois concertos integrados na 29ª edição do “Jazz no Calor da Noite”, que se realiza hoje e amanhã no hotel Trópico.
A “cantora do Brooklyn”, diplomada pela Escola de Música de Manhattan, distinguida com alguns prémios de prestígio, como o da Competição Thelonius Monk, em 2010, estudou com algumas figuras importantes na área do ensino do jazz nos Estados Unidos, entre os quais Miles Griffith, Bob Stewart e Lenora Helm.
Jerónimo Belo, promotor da iniciativa, disse ao Jornal de Angola “os concertos vão ajudar a divulgar mais este género musical em Angola. Em pouco mais de cem anos, recordou, o jazz tornou-se na arte que melhor expressa o génio musical do século XX e numa plataforma de igualdade e fraternidade.
Jazz e blues, referiu, não deixaram indiferentes poetas como Agostinho Neto, Viriato da Cruz, António Jacinto, Francisco José Tenreiro e Noémia de Sousa”. Este ano, depois dos concertos de Anat Cohen e de Miguel Zenón, da mostra fotográfica “Jazz: as sombras e a luz”, de Rosa Reis, no Instituto Camões, e de um ciclo de jazz e de cinema, “No ecrã, Jazz”, declarou, decidi voltar a explorar as vozes, particularmente as femininas.
As vozes femininas, sublinhou, ocupam hoje o trono do jazz vocal.
Depois de ter realizado vários concertos com cantoras dos Estados Unidos, Brasil, Portugal e Angola, disse, decidi terminar o ano com um convite a Charenee Wade, a América africana. “É uma voz calorosa, versátil, madura, com vontade de recriar as velhas baladas do jazz, mas com intuição, técnica e muito talento”, concluiu.
A cantora já participou em grandes concertos no seu país e em Festivais Internacionais de Jazz, como o de Montreux. Recentemente realizou uma digressão pela Rússia. O seu disco, “Love Walked In”, que teve boa aceitação da crítica, foi lançado em Julho de 2010. (jornaldeangola.com)