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    Cabo Delgado: Atrocidades duram há três anos, mas atraem pouca atenção internacional

    Os sinais de alarme soam nas Nações Unidas por causa das mortes em massa, destruição e deslocamentos de pessoas na província de Cabo Delgado, em Moçambique, onde relatos de decapitações e outras atrocidades surgiram.

    A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, apelou no passado dia 13 de Novembro para uma tomada de “medidas urgentes” como forma de proteger os civis naquela província do norte de Moçambique, depois de diversos relatos a revelaram uma situação cada vez mais alarmante dos direitos humanos numa zona de acesso limitado.

    A comunicação social moçambicana noticiou no início da semana que mais de 50 pessoas foram decapitadas no norte do país por militantes islâmicos, o que entretanto foi desmentido por várias outras fontes. É, também por isso, complicado apurar as reais e verdadeiras informações do que se passa em Cabo Delgado. Uma coisa é certa: a insurgência está longe de ser estacada.

    A ONU já admitiu ter dificuldade em verificar o número exacto de mortos, bem como de militantes islâmicos, mas afirma que a situação é “desesperante” em Cabo Delgado. A organização tem consigo provas de ataques de grupos armados, mortes de civis e fortes confrontos com as forças de segurança em diferentes partes da província, uma situação que já dura há três anos.

    Algumas áreas foram e estão a ser privadas de qualquer ajuda humanitária há mais de seis meses, com muitos distritos no norte virtualmente isolados do resto da província.

    Entretanto, a Conferência Episcopal Portuguesa manifestou ontem a sua solidariedade para com a Diocese de Pemba. “A situação da diocese de Pemba esteve presente nas preocupações e na oração desta Assembleia, que lhe expressa a sua solidariedade e apela ao governo de Moçambique e às instituições internacionais para a devida solução dos seus graves problemas”, refere o comunicado enviado às redações.

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