As forças de segurança do Burkina Faso lançaram o assalto para retomar o controlo do hotel Splendid de Ouagadougou, atacado por militantes islamitas.
A Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) reivindicou o ataque que visou um dos principais hotéis de Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, e um café-restaurante adjacente. A informação foi avançada pelo SITE Intelligence Group, que vigia atividades “jihadistas” em todo o mundo.
O hotel é palco de uma batalha entre forças da ordem e supostos combatentes islamitas, que estarão entricheirados com vários reféns. Há registo de pelo menos duas dezenas de mortos e 15 feridos no ataque ao Splendid, incluindo três em estado grave, que puderam no entanto ser evacuados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros tinha anunciado a preparação do assalto para retomar o controlo do hotel, dizendo que não estava excluído “o apoio de soldados estrangeiros, nomeadamente franceses”.
Segundo diferentes fontes, o ministro da Função Pública, bem como soldados norte-americanos e franceses poderão estar entre os reféns.
Um responsável da Defesa norte-americana afirmou que a França pediu apoio de reconhecimento e vigilância aos Estados Unidos.
A embaixada da França em Ouagadougou disse que as autoridades instauraram um recolher obrigatório na capital entre as 23 horas locais e as seis da manhã.
Situado no bairro financeiro de Ouagadougou, o Splendid é habitualmente utilizado por clientes ocidentais e funcionários de diferentes agências da ONU.
O café-restaurante Cappuccino, situado em frente do hotel e igualmente frequentado por uma clientela estrangeira, também foi visado por tiros, que terão feito “vários mortos”, segundo um empregado do local.
O diretor do principal hospital de Ouagadougou afirmou, apoiado nos testemunhos de feridos que deram entrada no estabelecimento, que o ataque na capital do Burkina Faso fez “duas dezenas de mortos”.
O Exército do Burkina Faso disse, em comunicado, que durante a tarde, já se tinha registado outro ataque numa aldeia do norte do país, junto à fronteira com o Mali, que se saldou em dois mortos, um civil e um elementos das forças de segurança. Não se sabe se este incidente está relacionado com o ataque em Ouagadougou. (EURONEWS)
por Rodrigo Barbosa