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    BPI: Petróleo mais barato explica queda de 80% nas compras de Portugal a Angola

    (Foto: D.R.)
    (Foto: D.R.)

    A directora do gabinete de pesquisa económica do BPI considera que a queda de quase 80% nas vendas de Angola a Portugal em Janeiro e Fevereiro era “expectável” e resulta principalmente da queda do preço do petróleo.

    Os números hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no que dizem respeito a Angola, “são expectáveis dada a queda do preço do petróleo desde meados do ano passado”, explica à Lusa Paula Carvalho, acrescentando que a queda das compras de Portugal a Angola, na sua grande maioria petróleo, é em valor e não em quantidade.

    “As importações de Portugal a Angola caíram porque são mais baratas, ou seja, é o efeito preço e não o efeito quantidade”, acrescenta a economista, sublinhando que “no que diz respeito às exportações, as vendas caíram por falta de capacidade aquisitiva por parte de Angola”.

    De resto, Paula Carvalho lembra que “já em 2010 houve um forte recuo do preço do petróleo e as exportações caíram 15%”, mas nessa altura o preço do petróleo recuperou de forma diferente da actual, em que se perspectiva uma estabilização em torno dos 60 dólares.

    As compras de Portugal a Angola caíram 79% nos dois primeiros meses deste ano face ao período homólogo de 2014, enquanto as exportações caíram 30%, melhorando o saldo favorável a Portugal em 635%, para 245 milhões de euros.

    De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística recolhidos pela Lusa, Portugal exportou para Angola nos dois primeiros meses deste ano 339,7 milhões de euros em produtos e bens, o que representa uma descida de 29,6% face aos 482,3 milhões exportados em Janeiro e Fevereiro do ano passado.

    As importações de produtos angolanos, principalmente de petróleo, o produto mais comprado por Portugal a Angola, caíram quase 80%, passando de 448,9 milhões de euros nos primeiros dois meses de 2014 para apenas 94,2 milhões, em Janeiro e Fevereiro deste ano.

    O saldo entre os dois países, que no mesmo período do ano passado era favorável a Portugal em 33,4 milhões de euros, teve uma vertiginosa subida de 635,2% para 245,5 milhões de euros. (jornaldenegocios.pt)

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